sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Conto de Natal

Era uma vez um país muito muito longe, onde todas as pessoas andavam deprimidas, sem saber muito bem o porquê. Nesse país longínquo o governo tinha decidido esconder de todos os problemas reais que os estavam a afectar, e assim aproveitavam para tentar levar o povo a aceitar tudo sem qualquer tipo de reacção. Quaisquer reacções eram imediatamente reprimidas, como um bom pai repreende um filho pela asneira que cometeu.
Nesse país, Dezembro começou sombrio e chuvoso, e das festas que outrora se realizavam, e das inumeras luzes, que marcavam o advento da chegada do menino-Deus, nem sinal.
As luzes lá foram aparecendo, mas mesmo assim as pessoas continuavam tristonhas e aborrecidas. No meio de tudo lá iam comprando algumas recordações que os fizessem lembrar-se do passado radioso de outras épocas, mas nem isso os fazia melhorarem o seu ânimo. E o Natal chegou. A festa que se queria radiosa, de luz, de celebração humana, passou, quase sem se dar por ela... como um fogacho que se esfuma, sem deixar qualquer rasto... e as pessoas lá continuaram sorumbáticas, esperando talvez que o menino renasça, quase 2000 anos depois, para voltar a mostrar ao mundo a alegria, e o regozijo.
Até lá, ficam os votos de Boas Festas a todos...

Um comentário:

João Roque disse...

Pois, como se diz, a esperança é a última a morrer...
Boas Festas também para vocês.
Abraços.