quinta-feira, 22 de março de 2012

Greves e afins...

Para a greve e manifestação de hoje em Lisboa só há uma palavra que me ocorre... traque (com os sinónimos adequados, peido, bufa, etc...)


E porquê? Porque ter acontecido ou não foi exactamente o mesmo. Foi apenas mais uma sem qualquer tipo de consequência maior que provocar mais engarrafamentos em Lisboa (as gasolineiras, e por consequência o governo agradecem o dispêndio de gasolina), alguns acidentes (as seguradoras agradecem), e pouco mais além disso. Não há por aqui nenhum tipo de moralidade que se possa atribuir a uma greve que não tem consequências. Querem e eu acho que há esse direito, faça-se greve por tempo indeterminado, e aí sim, pode ser que o governo titubeie, caia e aconteça o que acontecer.

O lamentável incidente / acidente com os fotojornalistas da Reuters foi apenas uma consequência de mais um grupelho de bandalhos que acreditam que é mandando ovos a bancos (por sinal, as grandes superfícies e demais agradecem) e destruindo coisas pelo caminho (as seguradoras continuam a agradecer) acabam com o episódio da Brasileira. Muito se falou já da coitadinha da jornalista... mas não se refere que a mesma estava no meio dos que estavam a afugentar os turistas e funcionários da Brasileira, que de uma maneira ou outra, com greve ou sem ela, estavam a trabalhar, esses sim na defesa do seu local de trabalho.

Pelas razões apontadas, pela actuação da polícia, pelo autismo do governo, pela passividade dos portugueses e pela "fascização" da esquerda que está cada vez mais radical, acredito que o que vi hoje, na minha cidade e no meu país foi o fim da Democracia. Quando o suposto "povo" é composto por radicais que só se sentem bem com a destruição, pouco mais me resta que ainda me permita acreditar que existe democracia. Já penso que mesmo esta mensagem que escrevo pode ser vista ( e oxalá seja) por gente de polícia e de política, e que até pode levar com traços azuis por cima.

O dia em que deixarmos de acreditar completamente na Democracia, é o dia em que perderemos a Liberdade.