sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Madeira, um caso de inspiração?

Sei que o título pode ser estranho mas eu explico o porquê.

Sem dúvida que a tragédia da Madeira foi inesperada mas ao mesmo tempo havia avisos da má organização no que toca a contrução de casas em sitios de risco. Mas pondo isso de parte, aquilo que me faz pensar e sentir bem, porque nunca se sabe o que pode acontecer após um desastre natural, é o facto de o povo madeirense se ter juntado imediatamente para arrumar o que a natureza desarrumou, após uma semana são bem visíveis os trabalho de limpeza na baixa, já existem lojas abertas, muitas das lojas já estão quase prontas, e pelas palavras de um madeirense na televisão:"Tudo está a voltar ao normal e é graças ao facto de todos se juntarem e ajudarem uns aos outros". Será que é este comportamente que nos define verdadeiramente como "seres civilizados"? Acho que não há maior acto de altruísmo humano que este exemplo. Infelizmente há sempre um outro indivíduo que aproveita para roubar algumas coisas mas felizmente foi apenas uma vez e não se voltou a registar mais casos.
Infelizmente as zonas mais afectadas vão precisar de muito trabalho, é preciso é ter força, continuar em frente e lembrar os que partiram.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Porquê nem um centavo meu para o Haiti.

De certeza que o que vou escrever vai ser um pouco duro, controverso e dito de um ser gélido e sem sentimentos, chamem-me racista ou o que quiserem, pois as verdades custam a ouvir...

Antes demais aquilo que mais me deixou estupefacto foi esta declaração do presidente do Haiti:

"O palácio presidencial encontra-se em ruínas, e neste momento o que tenho é apenas wifi no computador portátil."

...Acho que a frase fala por si.


O que vejo para ter uma opinião tão crua? É verdade que é um enorme desastre, mas vejamos, o presidente está-se (desculpem o termo) pouco cagando para o país, após se refugiar no aeroporto não tem feito absolutamente nada pelo povo, é tão estranho saber que recentemente em Portugal sofremos um sismo quase da mesma magnitude e no entanto os estragos no Haiti deve-se à deficiência de manutenção das estruturas que é inexistente como em muito países em África (que nem dou exemplos senão não saímos daqui).

O povo sobrevivente grande parte mete-me nojo, as imagens mostram cada um por si, é raro ver imagens em que as pessoas se ajudem mutuamente, é verdade que é um país pobre e ficou ainda pior mas não é razão para as pessoas deixarem de ser humanas e civilizadas, não vejo pessoas a organizarem-se e a racionarem comida e outros bens, lutam entre si como se fossem animais selvagens, milhares de corpos ocupam ruas e limitam-se a passar a andar e não fazem nada, olham e colocam as mãos nas ancas, os traficantes de droga tomam posse de zonas pois não há ninguém para impôr ordem. O mais incrível é ver imagens de gente a pilhar, e é mais triste ver todo o tipo de gente a pilhar, dos 8 aos 80 anos, e que se lixem os mortos. Começam a aparecer vendedores de medicamentos (pilhados de farmácias) a venderem tudo a preço de ouro e o pior é que as pessoas estão a comprar sem saberem os efeitos dos medicamentos. No meio disto tudo a parte boa e rica do Haiti que também foi atingida não ficou muito danificada não tem tido problemas de criminalidade e de ajuda de dentro do país. Que se lixem os pobres.

Muitos Haitianos queixam-se de que a ajuda internacional está a demorar, a verdade é que a ajuda é tanta que o Haiti não tem infrastruturas suficientes para tanta ajuda e só consegue ser entregue a conta gotas sendo a única maneira de evitar grandes motins e oportunidade de gente sem escrúpulos.

A única maneira de eu ajudar seria cuidar nem que fosse uma criança de muitas milhares que ficaram sozinhas. Seria capaz de a receber nos meus braços, dar-lhe afecto, carinho e educação. O mais incrível é que o sismo que destruíu muitos orfanatos fez acelerar processos de adopção que se arrastavam há anos.

Podia falar muito mais, podia falar das escolas dizimadas que hoje escondem cadáveres de centenas e centenas de crianças, do rapto de crianças para tráfico de orgãos ou para prostituição ou trabalho infantil.

Porque é que não vimos tanto comportamento animal na Ásia quando houve o tsunami?

Sei que é um posto confuso e com muita raiva, mas era necessário deitar cá para fora.