tag:blogger.com,1999:blog-13698072365200200632024-03-05T19:35:35.173-08:00Gritos, Gostos e GatafunhosRicardohttp://www.blogger.com/profile/15632665111306790065noreply@blogger.comBlogger68125tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-29902802335933055922013-07-18T04:29:00.001-07:002013-07-18T04:29:56.439-07:00Já não há sorrisos como antigamente<span style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); ">Já não há sorrisos como antigamente.</span><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); "><br></div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); ">Passo pelas pessoas na rua e não vejo sorrisos abertos, francos. Aqui e ali um sorriso cínico e fingido, por força das circunstâncias e do politicamente correcto. Os adultos, padecendo das circunstâncias do destino, da sina, do fado a que os condenaram dezenas de partidos e mandantes esforçados por sorrirem a si mesmos e aos que os apoiam, ao longo de décadas. As crianças, antes de sorriso fácil, já não sorriem. Choram, berram, ávidas da afeição pelas consolas de jogos que deixaram em casa. Os parques infantis, outrora locais de convivio salutar e de anti-histamínicos contra as alergias da sociedade, são hoje laboratórios herméticos e assépticos, onde as alergias não proliferam e não ajudam a criar as defesas naturais. No bairro, as árvores descaem, à espera de quem as regue, para suportarem o calor do estio. Os velhos sentados, aproveitam as suas sombras, zombando dos sorrisos dos novos, saudosos dos sorrisos do passado. </div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); "><br></div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); ">Os sorrisos de antigamente, abertos, francos, fraternos, desapareceram. Foram substituidos pelos sorrisos fechados, falsos, plásticos, mascarando uma tristeza colectiva.</div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); "><br></div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); ">Olho para o meu bairro. Os sorrisos desapareceram. As pessoas estão deprimidas. Os velhos, saudosos. Os novos, sem esperança. As crianças, que futuro? </div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); "><br></div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); ">Morrem os velhos, morre o meu bairro. Os novos ficam velhos, e não sorriem. </div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); "><br></div><div style="font-family: Noteworthy; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 24px; -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); -webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0976563); -webkit-composition-frame-color: rgba(191, 107, 82, 0.496094); ">E as crianças? Que futuro tem elas? Ainda haverá sorrisos quando as crianças forem velhos?</div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-29667952216035356642013-02-19T12:44:00.000-08:002013-02-19T12:45:44.259-08:00Curiosos tempos estes... <div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">... <span style="font-size: small;">em que todos os dias acordamos com novidades... perdão, alarvidades. Hoje um imposto extraor<span style="font-size: small;">dinário, amanhã um novo incentivo à emigração. Eu disse emigraç<span style="font-size: small;">ão? <span style="font-size: small;">Ups. Não quero soa<span style="font-size: small;">r como o primeiro minist<span style="font-size: small;">ro. </span></span></span></span></span></span></span></span></div>
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Para aqueles que me conhecem bem ou mesmo razoavelmente bem<span style="font-size: small;">, <span style="font-size: small;">é <span style="font-size: small;">notória a minha inclinaç<span style="font-size: small;">ão para o centro direita da esfera política, ainda que a nível ideológico eu concorde com muitas coisas na esquerda dita "moderada". Nos anos que tenho, marcados sobretudo por fortíssimas influências políticas familiares (na minha família próxima tive informadores da PIDE<span style="font-size: small;"> e resistentes antifascistas, tenho Presidentes de Câmara <span style="font-size: small;">M<span style="font-size: small;">unicipal e de Junta de Freguesia), levaram-m<span style="font-size: small;">e a acompanhar vivamente a política portugu<span style="font-size: small;">esa. <span style="font-size: small;">"Acordei<span style="font-size: small;"> politicamente" durante os governos do Prof. Cavaco Silva, especialmente por conta da então ministra d<span style="font-size: small;">a educação, a Dra. Man<span style="font-size: small;">uela</span> Ferreira Lei<span style="font-size: small;">t<span style="font-size: small;">e</span></span> contra quem contestei. Apesar de me ter mantido sempre discreto, pois não busco ribalta<span style="font-size: small;"> nem <span style="font-size: small;">aventuras que fujam ao habitual, confesso aqui que gostaria de me ter candidat<span style="font-size: small;">ado a Presidente da Junta de Fregues<span style="font-size: small;">ia da terra que considero minha, muito mais do que a cidade on<span style="font-size: small;">de nasci. Mas este governo, impediu-me.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span> <span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Vão acabar com a minha freguesia, fundindo-a com outras duas. E uma freguesia destas dimensões vai muito para além do que eu pudesse almejar. </span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Sigamos em frente, que o que aqui vim hoje desabafar não se prende com a minha política ou os meus desígnios pessoais. Prende-se com a pergunta que mais tem ecoado na minha cabeça nos últimos dias, que é : "Mas quem nos governa está louco?" Senão, veja-se: acredito, talvez de forma demasiado inocente, que chegámos a este ponto por culpa de uma sequência enorme de governantes sem cabeça, ou movidos pelo impulso, e que começaram em Mário Soares, passando por Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e agora Passos Coelho. Precisávamos de ajuda externa? Sim. Tal como já tínhamos precisado quando Soares foi primeiro ministro, mas já não se lembra. Mas Sócrates não a quis pedir a tempo devido, e acabou por ser afastado do poleiro de primeiro ministro. Substituido por uma espécie de continuação de mau gosto, qual D. Sebastião renascido por entre as brumas do Tejo, cavalgando desde o seu territóriozinho de Massamá, Passos Coelho chegou-se à frente. Mas como não conseguia sozinho, pediu ajuda a Paulo Portas, que de tanto andar nas feiras, quase se esquecia da realidade e agora não pode voltar às mesmas feiras, que possivelmente quem lhe dava os beijinhos agora ficar-se-ia por uns tomates ou uma bela chaputa nas ventas. A autoridade e a credibilidade deste governo morreram no momento em que Passos depositou a sua confiança em Relvas. Esse numero dois, que na realidade é muito mais que numero um, entrava para o governo, era ferido de morte nos jornais e era salvo pelo primeiro ministro. O messias do país caiu assim redondinho numa armadilha mortal de tal ordem em que já ninguem mais o larga. Do lado do PS, José António Seguro hesita entre ser uma alternativa ou um líder a prazo, rodeado daqueles que ajudaram a fazer cair o governo de José Sócrates. </span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje vejo Relvas a tentar entoar "Grândola, Vila Morena" e a única coisa que me vem à ideia é a imagem de Zeca Afonso a rebolar-se no túmulo. Fosse o "Walking Dead" real e não sei se um Zeca Zombie não viria atormentar o Relvas. Mas como o "pobre coitado" do Relvas se comove muito com o desemprego juvenil, ao ponto de isso "lhe tirar o sono", ainda usaria isso em seu favor. Isso ou uma qualquer equivalência obtida por cavar buraquinhos na areia da praia e que lhe desse a possibilidade de substituir um coveiro. </span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Resumindo, Passos está morto clinicamente. Portas, morto cerebralmente. Seguro, em estertores. Aliados e inimigos sucedem-se, tentando perceber quem dará a primeira facada ou desferirá o golpe de misericórdia. E no meio de todos eles, o português lixa-se vergonhosamente e com "F" maíusculo. Alternativas? Neste momento nenhumas. O oásis anda longe, e ainda nos falta muito de travessia do deserto. Quantos de nós sobreviveremos? Ou será que voltaremos a ter a capacidade de pensar por nós, e tal como há 105 anos , damos um tiro a quem nos governa e pomos em marcha uma revolução séria? </span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu por mim, aqui continuo. Observando. Esperando. E comentando. Já que pouco mais posso fazer. </span></div>
Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-88289266174166449132012-08-24T13:02:00.001-07:002012-08-25T04:09:56.858-07:00Requiem<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Falta cada vez menos para morrermos. Pelo menos para morrermos estúpidos. Ó povo ignorante, cada vez mais estupidificado apesar dos estudos cada vez mais avançados. Ó povo cada vez mais inteligente e menos esperto. Ó povo adormecido, que cais em festivais e em futebóis, e em missas da Cova da Iria. Sim. Foram vocês, portugueses, que levantaram uma Pátria. Que deram mundos ao mundo. Que governaram meio mundo. Que colocaram ditadores no poder. Que apesar de não gostarem, lhe agradeceram ter-vos livrado de uma Guerra Mundial. Que o deixaram agonizar e morrer numa cadeira, e o substituiram por um que vos deu uma "primavera". E ao qual tiraram do poder com uma revolução em que as balas foram cravos. E os substituiram pelos democratas. Mais socialistas, mais comunistas, mais moderados, mais democratas-cristãos. E todos com ânsias de serem eles os novos dirigentes (palavra que afinal se assemelha a ditadores, mas é mais politicamente correcta). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ó jovens que cais semana após semana nos bares do Bairro Alto e do Cais do Sodré. Jovens que dais cabo dos olhos sentados frente aos computadores a consumir o que os outros consomem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ó velhos que lutaram, onde foi parar a vossa inspiração?</span></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ó companheiros de armas que lutaram por uma África que era nossa e afinal entregámos de mão beijada e pela qual recebemos agora os pagamentos?</span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Onde anda o espírito português? Onde estão as ninfas e as musas do Tejo a inspirar poetas e escritores? </span></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2PbsYQbNGc_wfC3b1oiRELTNViQbL-lTTn63W-hsbOfn4wJHWWwtIDp35PviurgrC-20N9dnO1ZrEjhffZps14bo2DrPs-uFJApaVoTiyzn8XAcj9Nx2xW3NI4TqXYtTY1hRPB40xkuo/s1600/TV.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2PbsYQbNGc_wfC3b1oiRELTNViQbL-lTTn63W-hsbOfn4wJHWWwtIDp35PviurgrC-20N9dnO1ZrEjhffZps14bo2DrPs-uFJApaVoTiyzn8XAcj9Nx2xW3NI4TqXYtTY1hRPB40xkuo/s320/TV.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Onde estão os verdadeiros e inspiradores ídolos? (Não é de certeza em programas de televisão, esse equipamento de lavagem cerebral em massa) </span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Onde estamos nós Portugueses? </span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Onde estamos nós que soubémos levantar-nos contra um governo (o anterior) para tirarmos o tapete a um primeiro-ministro acusado e acossado de todas as maneiras? Os mesmos que baralhámos e tornámos a dar as cartas. Com novas caras nem por isso melhores que as anteriores. </span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Onde está a nossa indignação por nos estarem a roubar descaradamente: nos vencimentos, nos subsídios, nos trabalhos, nos transportes, e até na cultura, esse "luxo" da sociedade a que nos damos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Vamos continuar por quanto tempo parados? Por quanto tempo imóveis? Por quanto tempo mais vamos estar anestesiados? Até nos terem roubado tudo? Até termos emigrado todos como o nosso primeiro ministro aconselhou? </span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Por quanto tempo mais vamos querer ver-nos a nós próprios morrer? </span></div>
Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-88588710165395588292012-08-03T09:48:00.001-07:002012-08-03T12:42:14.118-07:00Carta aberta"Sr. Primeiro-Ministro,<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Calculo que nunca irá ler esta carta que lhe escrevo, a menos que algum dia me surpreenda e me responda. Fiz a minha formação em Engenharia Civil, com uma especialidade em Caminhos de Ferro, e ao contrário do seu ministro adjunto, o Dr. Miguel Relvas, eu passei sete anos da minha vida até a concluir, sem outros auxílios, que aqueles que proporcionei a mim mesmo e que a faculdade me concedeu, como concede a todos os alunos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sei bem que para si, serei apenas mais um número, mais um eleitor, mas por sinal apoiei a escrita do seu programa de governo, e devo ter sido um da minoria de portugueses que votou esclarecido sobre o que estava a fazer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Quero com isto dizer que acreditei em si. Que tinha capacidades de ser o D.Sebastião que regressava para nos retirar do nevoeiro do "socratismo". Enganei-me. Acreditei, desde cedo, com a minha formação, que a ideologia social democrata era um caminho justo, social e economicamente. Enganei-me. Acreditei que finalmente consigo acabariam os lobbies e os favores aos amigos e aos familiares. Enganei-me. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Recuando até à minha área, o que me leva a escrever-lhe hoje, é que uma empresa pública do sector Estado, para a qual contribuo, tal como milhares de outros contribuintes, acaba de declarar o encerramento definitivo do Ramal de Cáceres. Acaba-se com o comboio, em vez de favorecer o transporte público, especialmente em tempos de crise. Venceu o lobby do betão e do alcatrão. Prometeu por sinal aos autarcas da região uma auto-estrada directa, como o fez o prof. Aníbal Cavaco Silva com Viseu e com Bragança, quando encerrou a linha do Vouga e a do Tua? Ou quando matou e enterrou Barca d'Alva? Ou as linhas em redor de Évora? Ou o Ramal de Moura? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pergunto-me, numa óptica do utilizadr pagador, como a que nos querem fazer acreditar que existe com as autoestradas e as CCut (ex-Scut), o utilizador pagador não andaria de comboio se tivesse bons serviços? Se tivesse bons horários? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Deixo-lhe aqui uma sugestão. Proponha também o encerramento da Linha de Sintra e da de Cascais e a sua transformação em privilegiados corredores BUS. Como o Sr. mora em Massamá, até teria maior facilidade em chegar a Lisboa, utilizando as vias prioritárias para o efeito. Mate o que resta do caminho de ferro, pois assim como assim, em betão e asfalto ganha-se mais com menos manutenção. E acaba-se com esses sorvedouros de dinheiros públicos que são a CP e a Refer... Tem é de se precaver, pois assim são menos dois "tachos" a atribuir quando terminar o seu mandato. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje estou de luto pela Beirã e por essas povoações ligadas ao ramal de Cáceres, mas até compreendo porque eles são muito menos contribuintes que nós que para aqui estamos em Lisboa. Qualquer dia, e mesmo seguindo o seu conselho sábio, nem comboios temos para emigrar. </span></div>
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<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Deixo-o com um abraço e o desejo de umas boas férias em família no seu retiro algarvio da Manta Rota, que muito estimo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Do seu,</span></div>
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<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">RC</span></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-48599709270985989922012-03-22T13:26:00.005-07:002012-03-22T13:38:21.466-07:00Greves e afins...<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">Para a greve e manifestação de hoje em Lisboa só há uma palavra que me ocorre... traque (com os sinónimos adequados, peido, bufa, etc...)</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><a href="http://youtu.be/n50s4CIhXZU" style="font-size: 100%; ">E este vídeo com música, hoje escolhido é ideal para o acompanhamento sonoro do que escrevi.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E porquê? Porque ter acontecido ou não foi exactamente o mesmo. Foi apenas mais uma sem qualquer tipo de consequência maior que provocar mais engarrafamentos em Lisboa (as gasolineiras, e por consequência o governo agradecem o dispêndio de gasolina), alguns acidentes (as seguradoras agradecem), e pouco mais além disso. Não há por aqui nenhum tipo de moralidade que se possa atribuir a uma greve que não tem consequências. Querem e eu acho que há esse direito, faça-se greve por tempo indeterminado, e aí sim, pode ser que o governo titubeie, caia e aconteça o que acontecer. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O lamentável incidente / acidente com os fotojornalistas da Reuters foi apenas uma consequência de mais um grupelho de bandalhos que acreditam que é mandando ovos a bancos (por sinal, as grandes superfícies e demais agradecem) e destruindo coisas pelo caminho (as seguradoras continuam a agradecer) acabam com o episódio da Brasileira. Muito se falou já da coitadinha da jornalista... mas não se refere que a mesma estava no meio dos que estavam a afugentar os turistas e funcionários da Brasileira, que de uma maneira ou outra, com greve ou sem ela, estavam a trabalhar, esses sim na defesa do seu local de trabalho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pelas razões apontadas, pela actuação da polícia, pelo autismo do governo, pela passividade dos portugueses e pela "fascização" da esquerda que está cada vez mais radical, acredito que o que vi hoje, na minha cidade e no meu país foi o fim da Democracia. Quando o suposto "povo" é composto por radicais que só se sentem bem com a destruição, pouco mais me resta que ainda me permita acreditar que existe democracia. Já penso que mesmo esta mensagem que escrevo pode ser vista ( e oxalá seja) por gente de polícia e de política, e que até pode levar com traços azuis por cima. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O dia em que deixarmos de acreditar completamente na Democracia, é o dia em que perderemos a Liberdade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-47516373323578080772012-01-17T10:11:00.000-08:002012-01-18T11:20:36.167-08:00Memórias<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzmNkY7z2oWtwR5nTMiw4G0dqwyktskPS1wh4lrAAdzcBJI_PVSCLrSmBYhSRpoSgN1bTX4AZsyLzPDJWIKIasASOO61N-0R5Ou1GZIHNElk-uiNMf8XDEf54IWvOT6M6rHnmGgFN0gZ4/s1600/007.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzmNkY7z2oWtwR5nTMiw4G0dqwyktskPS1wh4lrAAdzcBJI_PVSCLrSmBYhSRpoSgN1bTX4AZsyLzPDJWIKIasASOO61N-0R5Ou1GZIHNElk-uiNMf8XDEf54IWvOT6M6rHnmGgFN0gZ4/s320/007.JPG" width="239" border="0" height="320" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">Barreiro, sete e trinta da manhã. Mês de Julho e já se sente o calor logo nas primeiras horas do dia. Chega ao cais o barco vindo de Lisboa, e nele são às centenas os que chegam e se preparam para seguirem para férias. Ali mesmo ao lado apitam as buzinas dos comboios. É grande a azáfama na estação. No edifício cor de rosa junto ao Tejo, com a sua arquitectura a lembrar paragens árabes, choram as crianças, despedem-se os amantes apaixonados. Famílias inteiras se apressam a carregar as suas trouxas nos breves metros que separam os barcos dos comboios. Ali na gare, já se forma o comboio. Apita a locomotiva de manobras que traz mais carruagens. Hoje o comboio vai composto. Comboio formado, parte a locomotiva de manobras vem a locomotiva que o há-de levar a outras terras. Grande monstro laranja cuja sonora buzina ecoa por todos os cantos e ensurdece os que ali esperam já pelo próximo comboio. “É para o Alentejo este”, alguém ali ao lado esclarece. O comboio para o Algarve virá depois. Apita a locomotiva, chamando os que se demoram nas plataformas, avisando que está pronta para seguir. Chega o Chefe da Estação, conversa com o Revisor do comboio. Caras familiares, todos os anos os revemos. O Revisor embarca, acena ao Maquinista. O Chefe da Estação prepara a bandeira e o apito, anda uns metros, dá a partida ao comboio. Mais buzinas. Estrondoso som que arranca e estremece até às fundações do edifício e o leito do Tejo. Começa o movimento, mais sons se misturam. Furiosos acenos das janelas e das plataformas. O choro dos amantes, afastados à força. O até breve das famílias. Na linha do lado já se apronta o comboio para Setúbal. Ali outro monstro laranja, ou amarelo se prepara. É o que houver e se arranjar, como estiver segue. Do outro lado do Tejo, na capital era a ordem possível no caos da Estação do Rossio. Aqui procura-se apenas apaziguar o caos com um pouco mais de desordem ordenada. Correm os ultimos passageiros, e arranca com menos barulho o comboio, devagar, cumprimentando e acenando entre si os maquinistas, que o comboio para o Algarve já se forma. Chegam os vagões para as bagagens. “Hoje o comboio para Lagos é a parte de trás ou a da frente do comboio?” Seguem juntos viagem. Mais carruagens, parte delas ficarão mais tarde em Tunes, de onde vão até Lagos. O resto segue viagem tranquila até Vila Real de Santo António. Nas plataformas conversa-se. Mais famílias se despedem tranquilamente, e organizam mais uma vez o farnel. “Ainda são uma série de horas de viagem”. Passa o ferroviário, e carruagem por carruagem pendura a chapa azul com o seu destino. Vila Real de Santo António. É a nossa. Viajamos em primeira classe. Desta vez somos cinco e ocupamos um compartimento. Sobem as malas.</div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi28OeM0ofQ6ip4y6iTbJ3fWPjlLdHDxqB9gsul0IBWjB8e5wpU4nYLwkpm4EeDrMTS6pCE3hYfb8dFE8F6AQQhO_2imDHSbtM2F2PxdQopX4ik_TCyLuMNqDHs_TNq5YLeGZ91OnHbTLc/s1600/005.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi28OeM0ofQ6ip4y6iTbJ3fWPjlLdHDxqB9gsul0IBWjB8e5wpU4nYLwkpm4EeDrMTS6pCE3hYfb8dFE8F6AQQhO_2imDHSbtM2F2PxdQopX4ik_TCyLuMNqDHs_TNq5YLeGZ91OnHbTLc/s320/005.JPG" width="320" border="0" height="239" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">As caixas com lembranças para a família no Algarve. A cesta com o farnel. Apronta-se o comboio. Sente-se um ligeiro choque, chegou a locomotiva. Cada vez mais gente a correr para o comboio. A família que cá fica desce do comboio para a plataforma, e ali vão ficar até o comboio seguir viagem. Mandam-se recomendações para a família que lá está “em baixo”. “Não se esqueçam de comer”.”Aproveitem bem a praia”.”Divirtam-se muito”.”Vão à Espanha às compras? Tragam-me um saquinho de caramelos.”A locomotiva apita, o Chefe de Estação acompanha e acena a bandeira. Sente-se um esticão e começa o movimento. Vamos de férias.”Até breve”- acenam os meus avós da plataforma. No compartimento vamos cinco. Na plataforma ficaram dois. Quando lá chegarmos quem nos vai desta vez esperar à estação? Vão todos, pois claro, que só nos vêem uma vez por ano. Compõem-se as malas, liga-se um rádio a pilhas. Toca a Renascença ou a Comercial, é o que temos. Ali estou, colado na janela a ver passar a paisagem cada vez mais depressa. Ficou para trás o Barreiro. Estão à frente, as férias de verão. </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">(Nota: Este texto, escrito integralmente de memória foi uma forma de reviver o local que hoje, trinta anos depois está completamente deserto e abandonado. Sem linhas, sem comboios, sem gente, sem ruídos, sem sons, sem movimento.)</div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-37176025590867787752012-01-06T12:56:00.000-08:002012-01-06T12:57:01.402-08:00Sinto-me enojado...<div style="text-align: justify;">
... com o povo que temos. Porque é que em vez de sentir orgulho nos portugueses, a única coisa que cada vez sinto com mais frequência é asco? Das pequenas atitudes às acções determinantes, vejo ruir à minha volta o que foi construído ao longo dos últimos 30 anos. Sinto que os valores com que me educaram, e os quais pautaram o meu desenvolvimento estão aos poucos a desaparecer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Exemplos? Sim. Desde a idosa que vem em passo de corrida para um autocarro, e depois se cola à frente de toda a gente que está à espera do autocarro vai para 10 minutos, só porque é idosa. E ainda reclama quando alguém a chama à atenção. Da moça nova e ainda em boa idade de levar umas valentes nalgadas nas nádegas para aprender que se existe um lugar de estacionamento para deficientes numa superfície comercial ele se destina, espante-se, a deficientes! Que é coisa que a moça não é. Do rapazinho que noutra superfície comercial chegou à sua viatura com o carrinho das compras, que depois de despejado para o interior do veículo, ali ficou abandonado... e que ainda mandou vir comigo quando o fui chamar à atenção, perguntando se o tinha apanhado naquele mesmo sítio. </div>
<div style="text-align: justify;">
Estas são apenas atitudezinhas que cada vez mais eu deixo passar menos no dia a dia. Chamem-me o que quiserem, mas estou mais reivindicativo que nunca. Qualquer dia já conto chegar a casa com um olho negro, mas como "quem vai à guerra, dá e leva", se eu chegar com um olho negro devo ter infligido pancada em alguém. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, quem me dera ser europeu a sério... </div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-2048352126135071962011-12-27T01:53:00.001-08:002011-12-28T00:48:03.161-08:00Em Portugal, ninguem anda de comboio...Bom dia a todos desde um repleto intercidades, num trajecto de Santa Apolónia ao Porto. <br />
Diz a "propaganda do regime" que o caminho de ferro é um meio de transporte moribundo, que as pessoas tendencialmente utilizam cada vez menos o comboio, e que o automóvel é que é o futuro... Tretas! Ainda qur não vá esgotado à saída de Lisboa, a verdade é que este comboio vai bastante bem composto como se pode atestar pela foto anexa tirada apenas há momentos e antes da chegada do mesmo comboio onde me encontro em movimento... <br />
Mais que nunca, nestes períodos críticos deveria ser fundamental e obrigatório incentivar cada vez mais as pessoas a conhecerem o seu país, relaxada e confortavelmente sentadas e recostadas num dos bancos disponíveis de um transporte público de massas, tal como o é o comboio...<div class="separator"style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoJttFxcb9fM04WpZYvVLpelHUwaT8ovi6BLUbPew86WXNQ22qjrHvc2GjMfQwXslaIAT9dLQeBpsAQ4n8JCBRUDyrz5NakLboW9oVE5oeWV49kmhQC0qQi4at8jLij-SnjxBJER6ccc/s640/blogger-image-1362392329.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoJttFxcb9fM04WpZYvVLpelHUwaT8ovi6BLUbPew86WXNQ22qjrHvc2GjMfQwXslaIAT9dLQeBpsAQ4n8JCBRUDyrz5NakLboW9oVE5oeWV49kmhQC0qQi4at8jLij-SnjxBJER6ccc/s640/blogger-image-1362392329.jpg" /></a></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-80752519719007086472011-12-05T14:54:00.001-08:002011-12-05T14:56:14.584-08:00Quem se segue...? - Parte 3<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2j7TCw9l9Tf0klQ6RHSUxfou64sOFukhwmA5H4wd9nGCvXjMOhqa-qGqVumMZxj6-OJ0jG-XRixgViO7eQJzwbNkK6DAIHTTD84waRGP_gS6_umCdGba-RWsqX1qbsZZ4bCE0MCBMM6s/s1600/02118a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2j7TCw9l9Tf0klQ6RHSUxfou64sOFukhwmA5H4wd9nGCvXjMOhqa-qGqVumMZxj6-OJ0jG-XRixgViO7eQJzwbNkK6DAIHTTD84waRGP_gS6_umCdGba-RWsqX1qbsZZ4bCE0MCBMM6s/s400/02118a.jpg" width="290" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
A vida portuguesa renova-se no
século XVII. Depois de três Reis espanhóis, a corte portuguesa volta a afirmar
o seu régio (e religioso) poder. Depois do domínio Filipino de 1581 a 1640,
reergue-se D.João IV, rei Restaurador. Movido por uma fé inabalável em N.Sra.
da Conceição, promete à virgem coroá-la caso reconquiste a lusa coroa, coroa
essa que nenhum rei da Dinastia de Bragança voltará a usar. O Régio gesto de
D.João IV fê-lo ganhar apoiantes junto da Nobreza indecisa entre Madrid e
Lisboa, que assim o ajudam a restaurar o poder. Após a vitória da Restauração
(feriado agora – injustamente – eliminado da lista) em 1 de Dezembro de 1640, o
Rei empossado coroa a virgem e o gesto faz com que a Igreja Secular deposite
enormes esperanças num tão católico e devoto Rei, concedendo-lhe o apoio
espiritual necessário para garantir o trono face ao “inimigo” Espanhol. O
fanatismo em torno do Rei Restaurador foi de tal forma intenso que fez renascer
o mito do “Sebastiansmo”, de que o jovem rei, desaparecido em Alcácer-Quibir
estava de volta para libertar os lusos do jugo espanhol, responsável por uma
elevação do espírito nacionalista e patriótico. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Toda a evolução patriótica acaba
por levar ao estabelecimento de uma monarquia absoluta em Portugal, bem ao
estilo da Corte de Versalhes. Inicia-se a construção do Palácio de Queluz, nos
arredores de Lisboa, e a meio caminho entre a Capital do Reino e a Zona de
Lazer Real de Sintra. Apesar de o absolutismo português não ser comparável com
o francês, principalmente, elevou uma figura à capacidade de marcar todo o
período histórico, e que foi o caso de Sebastião José de Carvalho e Melo,
Marquês de Pombal. Favorito de D. José I, que o chama a desempenhar as funções
de primeiro ministro, Pombal usa o seu poder e influência sobre o Rei para
chamar a si o poder régio. Oriundo da baixa Nobreza, e tendo subido à custa do
seu génio, acabou por criar inúmeras crispações na corte. Ficariam bem marcados
na história processos como o dos Távoras, que culminou com a morte de toda a
família, julgada por traição à Pátria e ao Rei, e com a inutilização de todas
as suas terras e a erradicação do nome Távora. Tais comportamentos de Pombal,
ansioso por cada vez mais poder aumentaram o medo que as populações tinham de
si, assim como lhe garantiram um inimigo de grande influência, a Infanta
D.Maria, filha de D.José I, e que acabaria ela própria por ascender ao trono.
Contudo, a grande obra de Pombal acabaria por ser a reconstrução de Lisboa após
o grande Terramoto de 1755. Totalmente devastada por um abalo telúrico no dia
de Todos os Santos, ao qual se seguiu um maremoto que varreu “do cais das naus
ao rossio”, Lisboa ficou completamente em ruínas. Então, Pombal ordena “que se
enterrem os mortos e cuidem os vivos”, e dá início ao plano de reconstrução da
parte baixa da cidade. Como resposta à Igreja, que inicia a pregação de que o
terramoto é fruto da ira divina contra as políticas de D.José I e de Pombal,
este último desenha um traçado de ruas, e define uma arquitectura que incluindo
as igrejas, as “esconde” no meio de construções destinadas a habitação e a
comércio. Como resposta aos que afirmaram tratar-se de uma ofensa, Pombal
acabaria por responder que “tal se baseava em proporções que colocavam a
igreja, a população e a corte ao mesmo nível, sem favorecimentos de qualquer
espécie”. Com a morte do Rei D.José I, é a sua filha D.Maria que sobe ao trono,
tomando como primeira medida o afastamento de Pombal da Corte, dizendo-lhe que
não voltasse a pôr os pés em terras de Lisboa. Em todos os anos que lhe restaram,
em terras de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo regressaria uma última
vez à capital, e quando o fez, poisou os pés numa caixa com terra de Pombal,
cumprindo assim o disposto pela Rainha. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
D. Maria I, a Pia de cognome,
viria a tornar-se conhecida pelas suas chorudas ofertas à Igreja e aos pobres,
justificadas por uma necessidade de expiar dessa forma os pecados cometidos
pelo seu pai, e “comprar” a benção da sua alma. Toda a esmola, contudo, não a
impediria de ficar louca, e ter de ser afastada do trono pelo seu próprio filho
D.João VI. O jovem rei, acaba por ter uma feroz prova de fogo com as invasões
francesas, penetrando no território de Portugal. Apoiadas pelo Rei espanhol, as
tropas de Napoleão não tiveram qualquer dificuldade em atingir as fronteiras de
Portugal. Caídas peças fundamentais das defesas portuguesas, como os bastiões
de Trancoso e especialmente Almeida, onde os comandantes, favoráveis às tropas
francesas (e mesmo ligados à corte de Napoleão por casamentos e laços
familiares) permitiram que as defesas capitulassem quase sem resistência, a
incursão dos franceses no território nacional foram sendo cada vez maiores,
tendo a defesa lusa apresentado bons resultados na Batalha do Buçaco. Contudo,
as tropas de Napoleão, sedentas de conquistas, invadem o território cada vez
com maior intensidade, levando o rei e toda a corte a fugir para o Brasil e
estabelecer a capital do Reino no Rio de Janeiro. Com a Família Real segura, e
com o apoio das tropas inglesas (conseguido graças ao secular acordo entre
Portugal e o Reino Unido) a resistência organiza-se. Não conseguem no entanto
travar as forças gaulesas na sua incursão pelo vale do Tejo, e a sua passagem
por Abrantes. É nessa altura que se estabelecem as defensivas “Linhas de
Torres”. Acaba por ser às portas de Lisboa que se vai dar a viragem na Guerra
Peninsular. Estabelecem-se as linhas defensivas no Alto do Parque Eduardo VII,
e a organização da Resistência, com o apoio dos Quarteis Lisboetas,
nomeadamente o Quartel do 4º Destacamento de Infantaria, em Campo de Ourique.
Com as fragatas inglesas estacionadas na boca do Tejo, e os canhões dispostos
em Almada e Vila Franca, as tropas francesas sofrem a primeira de várias
derrotas, que os levam a serem expulsos do território nacional. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Com a rechaça das tropas de
Napoleão e o regresso da Família Real à Pátria Lusitana, D. João VI, entretanto
muito debilitado acaba por falecer, deixando o trono a ser disputado pelos seus
filhos D. Pedro e D. Miguel. D.Pedro ascende primeiro ao Trono, e acaba por ser
forçado a depôr pelo seu irmão D.Miguel, de índole puramente conservadora. D.
Pedro IV, acaba assim por ser expulso de Portugal, fugindo para o Brasil e em
fúria proclama a Independência, nas margens do Rio Ipiranga. Casado com D.Maria
Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, estabelece na ex-colónia portuguesa
uma forte influência com a casa Real Austríaca, que assim estende o seu domínio
sobre a Europa. D. Miguel, contudo não consegue também reinar por muito tempo,
e acaba por lhe suceder D.Maria II, a Educadora. Segue-se D. Pedro V. E D. Luís
I, que acaba por ser o percursor da modernidade em Portugal. Inaugurado ainda
nos tempos de D.Pedro V, o Caminho de Ferro tem o seu maior desenvolvimento
durante o Reinado de D.Luís. Partindo de Lisboa, de uma estação nada central
com o nome de Caes dos Soldados, os carris espalham-se um pouco por toda a
parte, mas garantindo uma função: ligar a capital à segunda maior cidade do
país (Porto) e à fronteira espanhola, através de uma linha central
estruturadora, e com um entroncamento próximo do local da Ponte da Pedra (hoje
Entroncamento). E as linhas férreas vão-se desenvolvendo, e é no Reinado de
D.Carlos I que se estabelecem alguns dos terminais que ainda hoje conhecemos
(muitos dos quais vão já definhando e apodrecendo, mas falarei disso noutra
entrada). É precisamente numa dessas viagens de inauguração que se dá o
acontecimento que viria a alterar dramaticamente a história de Portugal. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Mas antes desse acontecimento,
que deixarei para o fim desta entrada, cabe aqui falar um pouco mais sobre
D.Carlos I. O Rei foi desde cedo considerado muito inteligente mas dado a
extravagâncias. O seu reinado foi caracterizado por constantes crises políticas
e consequente insatisfação popular. Logo no início, a aliança secular com o
Reino Unido treme, quando a Coroa Britânica apresenta a Portugal o Ultimato de
1890. Destinado a que Portugal desocupe os terrenos compreendidos entre Angola
e Moçambique, para que o Reino Unido possa manter uma constante rota protegida
pelos ingleses entre o Cairo e o Cabo, caso contrário ficaria forçado a uma
Guerra. Com o país numa eminente situação de bancarrota, D. Carlos não se pode
dar ao luxo de entrar em guerra com o velho aliado, e assim entrega as áreas
solicitadas pelo Reino Britânico. Este movimento, apesar de significar paz para
o Reino, abalou os alicerces da sólida relação entre os dois países, ao mesmo
tempo que deu aos republicanos em operação na sombra, motivos para
responsabilizar a coroa e exigir a queda do regime. Estala então a revolta
republicana do 31 de Janeiro, no Porto que apesar de não ter tido sucesso
mostrou haver inúmeros operacionais republicanos muito activos no país,
dispostos a tudo para mudar um regime centenário. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
A falta de líderes carismáticos
em Portugal (um problema que se veio a manter e que se mantém…) levou a uma
desagragação progressiva dos partidos tradicionais. É em 1901, época em que
Lisboa inaugura a primeira linha de Carros Eléctricos, e o ascensor de Santa
Justa, que se forma o Partido Regenerador Liberal, chefiado por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Franco" title="João Franco"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">João Franco</span></a>,
nascido do Partido Regenerador. Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1905" title="1905"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1905</span></a> uma segunda dissidência, desta vez do Partido
Progressista, quando <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Maria_de_Alpoim_Cerqueira_Borges_Cabral" title="José Maria de Alpoim Cerqueira Borges Cabral"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">José Maria Alpoim</span></a> entra em
ruptura e funda a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dissid%C3%AAncia_Progressista" title="Dissidência Progressista"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Dissidência Progressista</span></a>. Ao contrário do
movimento de João Franco, esta nova cisão parece ter sido motivada apenas pelas
ambições pessoais do seu líder, e a dissidência progressista vai acabar por
juntar-se a movimentos conspirativos com o Partido Republicano. No meio de toda
esta turbulência política, cai mais um governo liderado por Hintze Ribeiro e o
Rei decide chamar João Franco para formar governo. Suporta então inúmeros
problemas e crises, especialmente a greve académica de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1907" title="1907"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1907</span></a> na Universidade de
Coimbra e a crescente agitação social, que culminam com o retirar do apoio
parlamentar dos progressistas e a demissão de inúmeros ministros, por temerem
que João Franco fortalecesse o seu partido à custa do deles. Ao mesmo tempo, a
alternância já existente nas Câmaras de Deputados, fazia com que contassem ser
chamados a formar governo assim que Franco caísse. Enganaram-se redondamente, pois
D. Carlos vai tomar uma atitude diferente do que se esperava, dando o seu firme
apoio a João Franco.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
A oposição (tanto republicana
como monárquica) lança então uma forte campanha contra o governo, envolvendo o
Monarca, acusando-o de governar em Ditadura. Lança-se assim um período que vem
a ficar conhecido na História de Portugal como a 1ª Ditadura ou Ditadura
Franquista. No contexto de uma tentativa de normalização do Estado, são
marcadas eleições para o parlamento que poriam fim à ditadura administrativa
então vivida. E é neste contexto que republicanos e dissidentes progressistas
se decidem a usar a força levando a cabo uma tentativa de Golpe de Estado em
Janeiro de 1908. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Neste início de ano, D. Carlos
parte com toda a família para <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Vi%C3%A7osa" title="Vila Viçosa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Vila Viçosa</span></a>,
capital ancestral dos Bragança. É aí que se reúne pela última vez com todos os
seus amigos intímos, para uma caçada. E é então que ocorre <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a tentativa de golpe de Estado, fracassada por
pronta acção do governo. São imediatamente presos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Jos%C3%A9_de_Almeida" title="António José de Almeida"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">António José de Almeida</span></a>, o dirigente carbonário
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz_Almeida" title="Luz Almeida"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Luz Almeida</span></a>,
o jornalista <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Chagas" title="João Chagas"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">João Chagas</span></a>, França Borges, João Pinto dos Santos,
e Álvaro Poppe. Com os seus líderes em reclusão, a liderança do movimento recai
sobre <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Costa" title="Afonso Costa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Afonso Costa</span></a>,
que acaba por ser apanhado, junto com outros conspiradores no Elevador da Biblioteca,
de onde contavam chegar à Câmara Municipal. Ainda houve mais manifestações e
desordens um pouco por toda a cidade de Lisboa que acabam por ser contrapostas
e controladas pela polícia. Então, João Franco decide ir mais longe e prepara
para que o rei assine, um decreto prevendo o exílio para o estrangeiro ou a
expulsão para as colónias, sem julgamento, de todos os indivíduos que fossem
pronunciados em tribunal por atentado à ordem pública, o que se aplicaria também
aos revoltosos republicanos. João Franco leva o decreto ao rei, que o assina
ainda em Vila Viçosa, e ao assiná-lo, diz aos presentes: "Assino a minha
sentença de morte, mas os senhores assim o quiseram."</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Fevereiro" title="1 de Fevereiro"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1 de Fevereiro</span></a>
de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1908" title="1908"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1908</span></a>,
a família real regressou a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa" title="Lisboa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Lisboa</span></a>, aproveitando já a linha férrea que então se estendia
até Vila Viçosa. À saída de Évora a locomotiva avaria-se e D. Amélia, antevendo
algo, diz ao Rei que aquilo poderia ser um mau presságio e que deveriam voltar
a Vila Viçosa. Depois de resolvidos os problemas o comboio seguiu até ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barreiro" title="Barreiro"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Barreiro</span></a>,
de onde apanharam um vapor para o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Terreiro_do_Pa%C3%A7o" title="Terreiro do Paço"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Terreiro do Paço</span></a>. Ali eram esperados por
membros do governo e da corte. Após os habituais cumprimentos, a família real
subiu para uma carruagem aberta em direcção ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_das_Necessidades" title="Palácio das Necessidades"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Palácio das Necessidades</span></a>. A carruagem com
a família real atravessou o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Terreiro_do_Pa%C3%A7o" title="Terreiro do Paço"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Terreiro do Paço</span></a>, onde foi atingida por
disparos vindos da multidão que se juntara para saudar o rei. D. Carlos I, que
morreu imediatamente, após ter sido alvejado. O herdeiro <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Filipe,_Pr%C3%ADncipe_Real_de_Portugal" title="Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">D. Luís Filipe</span></a> foi ferido
mortalmente e o infante <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_II_de_Portugal" title="Manuel II de Portugal"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">D. Manuel</span></a> ferido num braço. Os autores identificados
do atentado foram <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfredo_Costa" title="Alfredo Costa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Alfredo Costa</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bu%C3%AD%C3%A7a" title="Manuel Buíça"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Manuel Buíça</span></a>.
Os assassinos foram mortos no local por membros da guarda real e reconhecidos
posteriormente como membros do movimento republicano.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Segue-se no trono um debilitado
D.Manuel II, que tenta em vão acalmar os ânimos, mas sem qualquer tipo de
sucesso. A sua primeira acção foi a demissão imediata de João Franco, a
conselho das cortes, nomeando como primeiro ministro Francisco Joaquim Ferreira
do Amaral. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Sucede-se então uma crise
política sem precedentes em Portugal. Em dois anos sucedem-se sete governos. E é
em Outubro de 1910 que se lança uma verdadeira revolução em Portugal, seguida
da Proclamação da República a 5 do mesmo mês. As tropas fiéis aos
revolucionários republicanos, tinham já bombardeado o Palácio das Necessidades,
então residência oficial do Monarca, no dia 4 de Outubro, forçando D. Manuel II
a retirar para Mafra, onde se lhe juntam a sua esposa e a Rainha Mãe D. Amélia.
Na madrugada do dia 5 de Outubro, embarcam na Ericeira com destino ao Porto.
Contudo, o navio é desviado para Gibraltar, onde o monarca deposto acaba por
desembarcar, dando início ao seu exílio em território inglês. O seu último acto
patriótico foi o de legar ao Estado português, os seus bens por altura da sua
morte, pedindo apenas como contrapartida a possibilidade de ser sepultado em
território português, desejo que lhe viria a ser concedido por altura da sua
morte súbita, por Salazar. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
Nota final, é com a morte de
D.Manuel II que termina oficialmente a monarquia em Portugal, ainda que o
regicídio tenha sido, sem dúvida o episódio que mais marcou o final da Dinastia
de Bragança e o posto fim a cerca de oito séculos de reis portugueses e
espanhóis. O exílio de D. Manuel II, a ascensão de movimentos operários, e o
advento da 1ª República, acabariam por modificar profundamente a sociedade
portuguesa já então atrasada em vários séculos face às congéneres europeias. É
a acção de vários homens, mas principalmente de Alfredo Costa, que vem
modificar a política portuguesa e o regime estabelecido. O autor que vos
escreve estas linhas, através deste blog, é apenas um familiar distante quase
uma centena de anos deste Alfredo Costa. O homem que das suas mãos disparou a
República e fez mudar um país profundamente necessitado de mudança. Mas a
memória deste homem, amado por republicanos, odiado por monárquicos, está hoje
profundamente apagada, e nas novas gerações poucos há que o lembrem, e menos
ainda os que como ele, seriam capazes de morrer por um ideal. Por um ideal de
mudança, e por um ideal que permitisse revolucionar e regenerar o estado podre
de coisas em que vivemos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-8042965007131048672011-09-15T14:32:00.000-07:002011-09-15T14:35:19.611-07:00Quem se segue... ? - Parte 2<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGpxh9Qs8NAhEjkyj6zoVsIB2Ts2tcjJN5UgmySihPv22yvoOa0mb0gmiK7SUjWIbmoEGFDj3NMSBmVn7px-zB60xR9g_BxT39T-W_nVXenY-z_ZulKN9wZeijy2YxlboZfPkhpY2MLEg/s1600/coisas.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 251px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGpxh9Qs8NAhEjkyj6zoVsIB2Ts2tcjJN5UgmySihPv22yvoOa0mb0gmiK7SUjWIbmoEGFDj3NMSBmVn7px-zB60xR9g_BxT39T-W_nVXenY-z_ZulKN9wZeijy2YxlboZfPkhpY2MLEg/s320/coisas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652703131259682802" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> 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Sim, com maíusculas. Porque não vou falar aqui desta ou daquela igreja, desta ou daquela doutrina… vou falar (ou pelo menos tentar) de toda a Religião. Os primeiros povos que podem ser considerados sedentários, precisavam de qualquer coisa que os ajudasse a explicar tudo aquilo que não conseguiam compreender. Vai daí, arranjaram uns seres superiores que até os guiavam e que de uma maneira ou outra “controlavam” as suas vidas. E então, começam a decidir oferecer sacrifícios a essas entidades que estavam para além do seu conhecimento, para os apaziguarem quando os aborreciam. Então, por cada temporada maior de chuvas, erupções vulcânicas, subidas repentinas de marés, ondas gigantescas, secas extremas, havia uma causa que era o mau feitio do homem… ora porque caçava, ora porque ia roubar a mulher ao vizinho, ora porque roubava o carro de bois ao outro e por aí fora, ou porque simplesmente… porque sim. Logo, toca a sacrificar aqui um boi que é para que o que está lá em cima e me manda a chuva feche a torneira por umas horas, e outras coisas afins. No génese destas civilizações e sociedades, houve então quem percebesse que talvez fosse melhor arranjar uma pessoa que controlasse as oferendas e os sacrifícios e ao mesmo tempo educasse as pessoas para elas aprenderem quando deviam oferecer e o quê, quando se portavam mal… pelo menos pelos padrões da época. Vão-se passando os anos, os homens vão aprendendo, começam a decidir honrar as estações do ano, os nascimentos, as mortes, a caça, a pesca, as tempestades, e por aí fora. Quando aparecem os gregos (sim… os tais que se fartaram de inventar coisas desde a matemática à política) pegam em toda esta civilização e resolvem dar-lhes nomes… E é assim que nascem as Divindades que passam a reger a vida do homem em todos os aspectos. Claro… não bastava arranjar nomes e decidir que tu te chamas assim e tu assado. E nisso tudo, toca de lhes dar uma hierarquia. Sim, um pai que gera todos os seus filhos, e como se isso não bastasse, ainda gera uns quantos bastardos que são meio humanos, que por sua vez geram outros bastardos que são heróis… e depois há histórias de traições, casamentos, decisões,e por aí fora… chamaram-lhe Panteão, mas na realidade é uma enorme tragédia grega. Com as mudanças das civilizações e as organizações, aparecem os romanos (os tais que se apunhalavam pelas costas e mudavam de imperador como quem troca hoje de camisa…). Como parecia mal estar a inventar tudo de novo, até porque os gregos já tinham tido uma enorme trabalheira com isso, toca de aproveitar os mesmos deuses, mas mudando-lhes os nomes. Havia deuses para os dias da semana, para as trovoadas, para a chuva, para a caça, para tudo e mais alguma coisa… mas… e onde pára o povo? Toda esta adoração divina viria trazer essencialmente uma nova classe na organização política que era a classe religiosa, composta por sacerdotes. E o povo, escravizado, abandonado, decididido a subjugar-se aos poderosos, limitava-se às suas adorações e dádivas nas medidas do possível.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Mas pronto… nenhum sistema é perfeito, e nesta democratização religiosa de divindades e sacerdotes, mergulhada na obscura corrupção dos sistemas e da moral e bons costumes (para a época, volto a referir) a populaça começa a perceber que afinal está na altura de se revoltar. É então que de acordo com os sábios, nasce a criança profetizada. A criança que desce à Terra para guiar os homens de novo em direcção aos seus deuses, e particularmente ao pai de todos eles, que para os sábios é o criador dos céus, mas também dos homens. Esta criança adorada por reis e pastores, por sábios e profetas, por criados e mestres, cedo se revela nos dotes proféticos tambem. Mas é temida pelos governos e particularmente pelo Governador Romano, da remota região da Judeia. A história por aqui fora revela-nos os mais sórdidos e hediondos pormenores, ao longo de anos, que são por demais conhecidos… mas na fase final da sua vida, a criança agora tornada homem, acaba por ser detido por profetizar demais. Por proteger demais e por se condoer dos padecimentos alheios. A sua enorme popularidade, acabou por se tornar a sua maior vulnerabilidade. E acabou espetado na cruz, tal como era hábito dos romanos, já que a cruxifição era uma das mais populares formas de castigo. Contra a sua própria vontade, os romanos acabariam por o tornar num mártir, e o Iesu Christo, acabaria por marcar de forma perfeitamente incontornável, o princípio dos tempos modernos. Ao contrário contudo do que pregou Jesus Cristo, os seus seguidores acabariam por tomar uma linha muito mais dura e agressiva, condenando para toda a Eternidade aqueles que, de acordo com os ensinamentos do mestre, se desviavam daquilo que era uma conduta aceitável. Produziram-se notáveis escrituras, com os ensinamentos do mestre. Mas nas ruas, a turba descontrolada lutava por aceitação e por controlo. Sendo a religião cristã maioritariamente derivada da vivência diária de escravos e povos das classes mais baixas, acabaria por se tornar violenta, como o demonstraram as queimas públicas de livros e sabedoria, especialmente no episódio do Ágora de Alexandria. O povo oprimido vingava-se agora contra aqueles que durante centenas de anos os reprimiram e escravizaram. O imperador acabaria por não ter outro remédio senão admitir e aceitar a nova religião, pregando a um único Deus, pai e criador do céu e da terra, por oposição ao enorme panteão de Deuses pagãos. Quando o Império romano se desmembra e desfaz, nos últimos suspiros, o Imperador decide converter-se ao cristianismo e tornar a religião ascendente na religião oficial do império. E é assim que Roma se torna a Capital do Cristianismo e Trono do “representante” de Deus na terra. Em cima da pedra (Petra) tumular de Pedro (Petrus) cresce o lugar de maior poder em todo o mundo. Mas os sacerdotes precisam de uma hierarquia, e é assim que nasce uma espécie de rei entre os sacerdotes, e que é o Papa. Assim, no lugar em que dantes se encontravam sábios e profetas, ficam apenas sacerdotes. Despachados para os 4 cantos do mundo conhecido, disponibilizam-se para ensinar Reis e comuns sobre os mistérios da vida e da morte, sobre o Céu e o Inferno, e sobre as profecias do fim do mundo. O medo, mantém as pessoas unidas, e acaba por converter aos milhares os povos sucessivamente “evangelizados”. E aquilo que foi a época do conhecimento, abre a época às trevas e ao obscurantismo da Idade Média. Os “descontrolados” são inquiridos e “julgados” por um tribunal próprio chamado “Santa Inquisição” que de santa tinha muito pouco… </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Claro que uma igreja desta forma repressiva e controladora acabaria por ter revoltosos no seu interior – a história é cíclica e repete-se – e depois de anos de brutal opressão, acabariam por passar a ser os opressores… especialmente às doutrinas do conhecimento e do livre pensamento. Todas estas voltas e reviravoltas acabariam por ter o seu preço, e ele é sobejamente conhecido da História. Revoluções, contra-revoluções e revoltas. Caças às bruxas, fogueiras, perseguição dos “infiéis”. A primeira Cruzada europeia, juntando vários cavaleiros ligados a ordens religiosas ajuda a libertar a Europa do domínio árabe. Ou assim nos fazem acreditar. Porque se livrou um povo de um ocupante pacífico que desenvolveu enormes conhecimentos e ajudou a um notável desenvolvimento de técnicas de agricultura, pecuária, olaria… ? Nunca o saberemos verdadeiramente. Mas os cavaleiros tinham sede de terras e de poder, e com o inestimável apoio vindo do assento papal em Roma, ninguem se atrevia a fazer-lhes frente. Uma assinatura de um Papa era o suficiente para fazer um Rei ou tirá-lo do trono. E povo atrás de povo, subjugava-se ao poder divino de Roma. E ao passar o tempo, Deus foi sendo substituído pelo seu “representante” na terra… Poder gera corrupção. Moral e não só. O controlo excessivo das populações acabaria por levar a que por centenas de anos se matasse e morresse em nome de Deus. E claro que a religião outrora oprimida acabaria por se tornar na de maior representatividade na Europa. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">É com os Descobrimentos e com a expansão marítima, principalmente por parte de portugueses, espanhóis e ingleses que a religião cristã se torna difundida pelo mundo. O poder divino que “criava” Reis, criou entre outros a Dinastia Filipina Espanhola, profundos cristãos, devotos no seu poder a ponto de loucura. É um destes Filipes que cria e lança contra a Inglaterra livre pensadora a célebre (não pelas melhores razões) Armada Invencível. Destinada a vergar a Inglaterra ao poder de Roma – Henrique VIII tinha suspendido a religião, mantendo-a mas substituindo o lugar maior do papa pelo do Rei Inglês – a Armada é lançada de Espanha, e acabaria por dar a Filipe a mais vergonhosa derrota naval da história de Espanha. No entanto, a sede do trono papal nem se veria beliscada, e acabaria por ter de “engolir” o sapo inglês. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">São inúmeras as histórias religiosas, mas no nosso “cantinho à beira mar plantado”, a relação entre o trono Português e o Vaticano data da fundação do próprio Reino, com o Papa a reconhecer D.Afonso I como legítimo Rei de Portugal. E segue, sem quaisquer beliscões ou tentativas subversivas de se desviar do poder divino. Nem mesmo durante o período em que Portugal esteve sob o domínio Espanhol isso se fez sentir. E o fervor lusitano foi sempre tão grande e tão devotado, que tal como em muitos outros lados, acabaria por se entregar com uma animosidade à sua devoção, ao ponto de se dizer que o país é abençoado. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Em 1640, é um Rei pretendente, apoiado pela burguesia e por muitos campos da nobreza que promete no seu Solar, que se ganhar a Coroa de Portugal, a sua devoção a fará entregar a Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal, proclamando-a Rainha de Portugal. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Devoção, crença ou fé, a verdade é que os “Filipes” foram corridos de Portugal, e o trono voltou para mãos lusas, pela família Bragança, que deu assim início à 4ª Dinastia. E a coroa foi entregue à “Rainha dos Céus”, para que reinasse sobre Portugal, e como promessa, a partir desse momento, jamais Rei algum no Trono de Portugal viria a usar coroa. Esta promessa continuaria até 1910, época em que o Regime Monárquico tem o seu derradeiro golpe, e é instaurada a 1ª República. Esta época conturbada e interessante da nossa história ficará para o próximo post, que este já vai bastante longo…</p><div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:85%;"><span style="line-height:115%;font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font: minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;mso-bidi-Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT;mso-fareast-language:EN-US; mso-bidi-language:AR-SAfont-family:";font-size:11.0pt;" >P.S.: Da escrita deste meu post, não sobressai, mas que fique claro que da religião, sei o que me ensinaram, num país supostamente laico. A minha instrução permitiu-me questionar-me e continuar naturalmente a questionar os meus ensinamentos, pois só sabendo se pode perceber o meio que nos rodeia e envolve. Não me considero Ateu, mas Agnóstico. A Ciência ainda não me responde a todas as perguntas (talvez esteja perto disso), mas também considero que não é obrigatório existir um céu e um inferno. E o homem pode viver a sua existência sem Deus, mas acreditando numa Entidade não nomeada, num Ser Superior… no que desejar… porque no fim de contas, é por isso que nascemos e morremos livres… até à próxima.</span></span></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-23839662639074735692011-09-02T08:04:00.000-07:002011-09-02T08:08:27.275-07:00Quem se segue... ? - Parte 1<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihArY6Md7sf89jUEsNBJYciE604U2rVsJX2CbrK5g_QyozoWpWC31RlbpIiuGqWnnFv19SXmyAdy9pHl2Fzbh7LSBGjp45SqfG7Wm7XQgq0MoRDfIRERu4IhDkQUhuMu4jxf5AGftRn7U/s1600/060327_portugues2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 230px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihArY6Md7sf89jUEsNBJYciE604U2rVsJX2CbrK5g_QyozoWpWC31RlbpIiuGqWnnFv19SXmyAdy9pHl2Fzbh7LSBGjp45SqfG7Wm7XQgq0MoRDfIRERu4IhDkQUhuMu4jxf5AGftRn7U/s320/060327_portugues2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5647778848682490306" border="0" /></a>
<br /><div style="text-align: justify;">O mundo actual é um lugar que está numa constante mudança. Esta mudança que antes demorava centenas de anos, é hoje muito mais rápida, fruto da quantidade de informação que diariamente temos à nossa disposição. No mundo actual o homem esqueceu-se de si mesmo – perdeu a capacidade de viver – e adaptou-se à <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">ideia</span> de sobreviver. Neste clima de incertezas e de mecanização e globalização, o homem quase se tornou o autómato preconizado por Fritz <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Lang</span>, no seu “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Metropolis</span>” de 1927. Sendo o ser humano o mais adaptável ser existente na natureza, “adaptou-se” desde cedo a ser comandado e não se comandar a si próprio. Daí ter inventado sistemas que lhe permitissem ser comandado e ainda por cima, gostar disso. Primeiro <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">tivemos</span> um sistema de chefes, que geriam as várias aldeias e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">castros</span>. Os simples eram castigados, escravizados, mandados… e gostavam disso. Tanto, que só <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_5">substituíam</span> os chefes quando eles morriam. Depois os Egípcios vieram com uma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_6">ideia</span> nova, em que quem mandava neles era um homem endeusado, a quem se deu o nome de Faraó.
<br />Continuou a escravatura, o castigo, mas agora havia uma nova carta no baralho, e que era um enorme panteão de deuses. E o “manda-chuva” local ditava as ordens, conquistava (umas vezes mais que outras)… e quando morria era substituído pelo filho ou pelo irmão mais velho. Do outro lado do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Mediterrâneo</span>, contudo, aparecem uns chatos lá pela Grécia com outras novas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_8">ideias</span>. Dão outros nomes aos deuses, e como acham que essa história dos filhos e dos irmãos mais velhos sucederem aos pais pode dar mau resultado, acham que devem entregar o poder às “massas humanas” e permitir-lhes que escolham com alguma liberdade, quem querem a representá-los. Claro que esse sistema, que era muito bonito e social, e que permitia que as pessoas não fossem escravos (claro, aqueles que tinham algumas posses, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">inteligência</span>, dinheiro, etc… porque os de mais baixa condição continuavam a ser escravos e a trabalhar para os que mandavam), mesmo sendo muito bonito, tinha os seus problemas… os gregos pensaram… hei, nós inventamos isto, alguém há-de desenvolver o sistema, nós somos todos filósofos e sábios, os outros hão-de se arranjar… e vai daí, um par de irmãos, a chuchar cada um na teta de uma loba resolvem fundar uma república (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Res</span> Publica = a coisa pública) todos inspirados pelos gregos do outro lado do Mar Adriático. E pronto, começaram a desenvolver a coisa, até descobrirem que o poder era uma coisa para não ser partilhada, e que se devia centrar só numa das pessoas… e vai daí, um dos irmãos mata o outro e começa a mandar, rodeado de gente que é “eleita” pela populaça que manda (não os escravos, que esses continuam a trabalhar e a sustentar os outros todos…). E daí até ao período que vem a seguir, em que o manda chuva passa a ser um “imperador” e por isso está acima dos outros todos, vai um pulo. E aquilo que era “mandatado” pelo povo, pela tal democracia grega (Demos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Kratia</span> = A escolha do povo), torna-se numa ditadura imperial. O imperador manda, e o povo obedece. Não confundir com o Demos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Gratia</span>, que da religião falarei à parte… Voltando atrás, o tal imperador, que agora se chama “César”, é o tipo que manda, e conquista, e se livra dos inimigos com venenos e punhais… uns mais visíveis, outros menos. E claro, o que faz a malta toda que é a força do trabalho? Adapta-se a agradece a estes endeusados seres o que faz por eles… “Ó César, ainda bem que conquistaste a Gália para nós”…”Ó César, ainda bem que mataste os outros dois patifes que andavam contigo”… e quando as pessoas já começavam a estar fartas… toca de usar o mesmo remédio. Levas uma punhalada pelas costas, que até te lixas, e vai daí, trocam-no pelo filho… mesmo que seja bastardo. “Agora vai e manda em nós!” dizem os simples. E eles iam mesmo…
<br />E aquilo com que não contavam, de repente, aconteceu-lhes. Quando andavam a conquistar a Europa, por um lado e por outro, chegam de repente a um cantinho onde uma “Aldeia” povoada por irredutíveis resiste ainda e sempre ao invasor. Não, não são gauleses… são lusitanos. E ainda por cima a sua principal <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">característica</span> é… não terem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">característica</span>. Nem organização. Têm uma espécie de manda chuva, um pastor enfiado numa caverna, mas que afinal faz a vida grega ao César.
<br />Ora, servido pelo seu espírito “democrata” o César pensa logo em substituir o pastor cavernoso, por um ao seu serviço… e assim arranja alguém disposto a fazer-lhe um favor, em troca de um posto no governo… só que este “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">boy</span>” do manda chuva, não é do agrado do resto do “rebanho lusitano” e acaba morto pela populaça, que logo a seguir arranja um novo, a pensar que é melhor, mas que no fim de contas é mais um que vem ao serviço do César. E é assim que se vai perpetuando a permanência no poder.
<br />Passadas umas centenas de anos, o sistema que já andava tão podre, acaba por deixar a aldeia lusitana cair em mãos árabes, que vem aproveitar o terreno. Com eles trazem a astronomia, a matemática, e uma série de obras novas, e a populaça fica deslumbrada. É preciso virem uns cavaleiros lá do norte da Europa para os “salvarem”. Esses nobres cavaleiros trazem consigo novas preciosidades, e um novo César… um cavaleiro que se destaca dos outros todos, mas que não fica satisfeito por só lhe darem uns <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">terrenozitos</span> e um título de conde. Vai daí, pensa “eu vou mas é mandar nisto sozinho”, zanga-se com a mãe e dá-lhe uns açoites, e funda um país novo, acima do rio, e chama-lhe <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Portucale</span>. Manda uma mensagem ao gajo que entretanto é quase um rei como ele, mas que em vez de mandar num país manda nos espíritos de toda a gente, e a quem toda a gente chama “Papa”, mas a religião fica para outro dia, a dizer-lhe “Ah e tal, eu não quero cá misturas com os meus tios, nem com a minha mãe, e quero um país só para mim. Mas como a minha mãe não queria, eu mandei-lhe uma tareia, e agora sou eu que mando nisto, e quero que me trates por Rei Afonso I…”
<br />Ora, com os ensinamentos dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">castrejos</span>, dos egípcios, dos gregos, dos romanos, dos árabes e dos pastores lusitanos o que fica? Uma valente salada. Uma mistura de tudo e de nada. Uma monarquia com aspectos de democracia, um imperador com ideias de endeusamento. E um enorme rebanho disposto a matar e a conquistar em nome deste engrandecido ser, que os comanda. Como o território começa a expandir-se, e só um a mandar é aborrecido, o Rei pede a uns quantos amigos (nobres, claro) que construam uns <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">castelitos</span> aqui e acolá e que metam as pessoas à volta deles a trabalharem que nem uns mouros (sem ofensa aos muçulmanos árabes que ainda havia pelo território), e a pagarem impostos e a oferecerem coisas ao Rei, para o seu proveito posterior… ah, esperem… afinal não. O que pagavam era apenas para os nobres se entreterem em festins e em torneios, enquanto os rebanhos à volta dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">castelitos</span> iam lentamente definhando e morrendo à fome.
<br />Passadas umas centenas de anos, e uns quantos filhos, e irmãos mais velhos, há uma crise enorme, particularmente por causa dos descendentes. De um lado uma princesa casada com um Espanhol (livra, um gajo espanhol vir para aqui mandar…) do outro um tio que estava a ficar velho e ainda por cima era <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_21">religioso</span> (ai o tema a querer vir ao de cima…). No meio de um grande tumulto, a população toda a morrer da Peste Negra, e a nobreza a brincar ao quem sucede ao rei… vai daí, a populaça junta-se e aclama um burguês (que só ganhava um bocadinho menos que os nobres, mas afinal ajudava os rebanhos) e diz que ele é que é o Mestre que nos vai livrar dos tormentos… e qual salvador da Pátria, nasce uma nova dinastia, arrancada a ferros das entranhas da Ibéria, e que deixa os espanhóis a salivarem do outro lado da fronteira. Mas afinal, estes até eram duros, e mais uma vez, entre <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_22">ideias</span> e favores e por aí fora, lá vão mantendo o “barco” a navegar. E os barcos navegam até cada vez mais longe, pelas costas de África e pelo Brasil, já depois de assinado com os espanhóis, o tratado que lhes dava metade do mundo… ou tirava a outra metade para nós. E chegam à <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_23">Índia</span>. E livram-se dos monstros marinhos. E de acordo com os escritos da Época, “dão novos mundos ao mundo”. Quem diria… afinal os descendentes de pastores, com aparências de césares, e democratas como os gregos, endeusados como os egípcios, afinal iriam ter metade do mundo nas suas mãos. E uma sede de poder e de território como nunca antes vista. Então, finalmente, um rei <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">novinho</span>, cheio de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_25">ideias</span> novas na sua cabeça, cheia de ar, vento e histórias de antepassados gloriosos, mete-se à frente das hostes e diz: “vou caçar mouros!” e parte para Alcácer-Quibir, onde desaparece envolto em misterioso nevoeiro… “hei-de voltar um dia!” gritou. E ainda se esperam notícias… E quem é que agora fica a mandar nisto? Pois é… os espanhóis. Os tais que mantiveram as garras de fora e souberam esperar. O rei do outro lado da fronteira, que era sobrinho neto de um rei da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">lusitânia</span>, anterior ao rei <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">novinho</span> que desapareceu no nevoeiro, entra por aí dentro com as suas tropas, para evitar as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">insurreições</span> do bando de rebeldes do lado de cá da fronteira. E ainda paga aos nobres nas cortes (que é como quem diz uma espécie de suborno aos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">lobbies</span>, vamos lá…) para dizerem que isto é dele e que é ele que manda. “Este país é meu, porque o herdei, o conquistei e o paguei” afirma. E mete os do lado de cá na ordem. Principalmente, porque as ordens passam a vir do lado de lá. O que é que ganha com isso? Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">lobbies</span> começam a conspirar contra o neto do neto, porque ah e tal não se admite que a gente que fala outra língua se tenha de sujeitar aos imperadores aí do lado. E passadas só duas gerações, correm com os espanhóis e religiosamente oferecem a coroa à “Rainha dos Céus” (tema religião, ver depois.). E inauguram um novo estilo de governação. Mais à romana, menos à grega. Mais à egípcia, menos à <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">castreja</span>. Mas sempre à maneira lusitana. E é a partir daqui que as coisas se começam a complicar… mas para não tornar isto demasiado maçador, continuarei noutro dia…
<br /></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-44262310286268337382011-07-19T13:18:00.000-07:002011-07-19T13:26:26.021-07:00Em directo!Hoje é um daqueles dias por ano em que me desloco ao Teatro Nacional de São Carlos, para uma das noites do "Festival ao Largo". Para um espectáculo que vai começar às 22 horas, estou aqui desde... As 18 horas!!! É sabido que a Cultura Grátis atrai centenas de pessoas, mas para um festival desta envergadura já se justificavam algumas mudanças que permitissem que mais gente viesse e sem a necessidade de se verem cenas menos próprias e mesmo a falta de civismo da maior parte dos portugueses. Infelizmente, através do smartphone ainda não descobri como partilhar fotos... Mas está realmente cheio. E na 6a feira estarei por cá de novo para mais um espectáculo.Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-27891717232232464622011-07-05T06:34:00.000-07:002011-07-05T06:46:14.839-07:00Lisboa é um penico...Hoje pelo fim da manhã resolvi experimentar uma questão interessante sobre a mobilidade na cidade de Lisboa. Já por mais que uma vez me apercebi que Lisboa, apesar dos seus altos e baixos, não é uma cidade demasiado grande... E pus-me a andar a pé. Partindo da Alameda D. Afonso Henriques, subindo até à Av. Duque de Ávila, depois seguindo pelas Avenidas até S. Sebastião e daí para o Alto de Campolide, Amoreiras e chegando ao meu destino, Campo de Ourique, apenas passados 45 minutos. Para fazer o mesmo percurso, mas de transportes, o tempo de percurso entre Metro e autocarro é de... Espante-se... 45 minutos. O que me faz reflectir sobre a mobilidade em Lisboa, já que isto é sinal que Lisboa não sendo demasiado grande e que nos permite ir de um ponto ao outro da cidade, desde que com tempo, e por outro lado que, se calhar, a tal prometida e tão badalada mobilidade não estará a funcionar assim tão bem...<br /><br />Este é o primeiro post que escrevo através do Smartphone, como teste, que se isto funcionar bem, pode ser que volte mais vezes...Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-60902630147559158022010-07-26T14:57:00.000-07:002010-07-26T15:06:55.120-07:00Sem luz ao fundo do túnelA propósito do video publicado pela SIC, com o tema da actualidade da Mina de S.Domingos, que podem ver aqui (é quase meia hora de video):<br /><br /><object width="480" height="360"><param name="movie" value="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/fpLCAqlEqZQUZ21WIPvZ/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+SIC/2010/7/50-anos-depois-do-encerramento-aldeia-de-sao-domingos-continua-sem-alternativa-a-mina25-07-2010-2155.htm&ztag=/sicembed/info/&hash={29E6AEC0-D992-47D3-AEA4-3489AAE4DC81}&embed=true&autoplay=false"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/fpLCAqlEqZQUZ21WIPvZ/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Reportagem+SIC/2010/7/50-anos-depois-do-encerramento-aldeia-de-sao-domingos-continua-sem-alternativa-a-mina25-07-2010-2155.htm&ztag=/sicembed/info/&hash={29E6AEC0-D992-47D3-AEA4-3489AAE4DC81}&embed=true&autoplay=false" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="480" height="360"></embed></object><br /><br />ocorreram-me algumas ideias engraçadas... sendo eu, como me conhecem um admirador confesso de caminhos de ferro, espanta-me como temos vindo sempre a encarar a inauguração do Caminho de Ferro em Portugal como a datada de 1856 entre Lisboa e o Carregado, quando já muitos anos antes uma Companhia Inglesa estabelecia uma via com 17 Km, e que ligava a Mina de S.Domingos ao porto fluvial do Pomarão, sobranceiro ao Guadiana, e de onde se expediam a pirite e seus derivados, inicialmente para o estrangeiro, e nos ultimos tempos para alimentar a CUF no Barreiro.<br />Foi com o fim do filão e a consequente falência da Companhia que explorava a mina, que a Mina foi abandonada, saqueada e tudo o que poderia existir ainda hoje para o estabelecimento de um museu, logo à partida "condenado" pela sua interioridade, vendido a peso para as sucatas.<br /><br />Ora, num país sem nenhumas tradições culturais como o nosso, não é de estranhar que isto tenha acontecido, e mesmo ali ao lado de S.Domingos temos as minas de Rio Tinto. Da mesma maneira que S.Domingos, a mina espanhola encerrou o seu filão, mas foi prontamente salvaguardada e é hoje um dos mais interessantes pólos museológicos da provincia de Huelva, como atesta o próprio site do <a href="http://www.parquemineroderiotinto.com/">Parque mineiro </a>. Por cá as intenções esbateram-se na burocracia, e na inércia que nos caracteriza... enfim, retratos tristes de um interior que foi esquecido por Lisboa, por Bruxelas, por fundos comunitários, por vontades locais, nacionais, investidores e por aí fora... e este é apenas um dos muitos exemplos...Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-41067598519064206982010-05-28T12:37:00.000-07:002010-05-28T12:54:57.432-07:00O dia 3 - SinesMais uma vez, tudo começou com o pequeno almoço na grande mesa de refeições do Reguenguinho... Depois de um calmo começo de manhã, decidimos ir de passeio até Santiago do Cacém e Sines.<br />Do Reguenguinho, em vez de seguirmos pela estrada mais rápida e directa, resolvemos ir de regresso até Alvalade e daí Santiago. Claro que foi uma volta enorme, mas a paisagem alentejana compensou-nos. Santiago do Cacém fica numa bela encosta, e claro que a paragem que mais nos motivava era na estação dos Caminhos de Ferro. Construída na magnifica arquitectura do Estado Novo, notando-se ainda na perfeição todos os seus elementos característicos, é pena não estar melhor conservada, mesmo tendo um bar a funcionar no espaço da antiga estação.<br /><br />Dali, um pulo até Sines. Duas voltas pela cidade à procura de um fast-food, e terminámos junto da antiga estação de caminhos de ferr<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNCu6bICKtSzuwBH1xif78AWI_5Or-acWrQp88yzdaVY3gQpCsTb_mSDpkgSyIOel2TWBChiff7JI_CW6kZ2Pkek13wcMgkldAf53k1axN6jTsEMd-ss1C4V6MywgIwPTzOuD2I0FU9TU/s1600/DSCF4441.JPG"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNCu6bICKtSzuwBH1xif78AWI_5Or-acWrQp88yzdaVY3gQpCsTb_mSDpkgSyIOel2TWBChiff7JI_CW6kZ2Pkek13wcMgkldAf53k1axN6jTsEMd-ss1C4V6MywgIwPTzOuD2I0FU9TU/s200/DSCF4441.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5476409563399268226" border="0" /></a>o que julgávamos que já nem existia. Aqui, a Câmara Municipal recuperou todo o imóvel e o transformou num centro de artes e ofícios...e ali mesmo ao lado, o que procurávamos... quais fast-food... um restaurante no antigo cais de mercadorias da estação, de nome "Cais da Estação". No imóvel, agora completamente recuperado, funciona um restaurante com uma categoria algo elevada. No entanto, isso não nos impediu de aqui pararmos para almoçar... e se por um lado os preços exibidos podem ser considerados elevados para uma refeição no Alentejo, consta do menu uma ementa "executiva", com um preço muito agradável por pessoa, incluindo a bebida e o café, bem como as entradas, e que nos permitiu saborear uns deliciosos filetes de peixe-galo com um arroz malandrinho de tomate. Simplesmente delicioso.<br /><br />Depois de uma rápida visita à adega do restaurante, novamente de regresso ao Reguenguinho para as que foram as últimas horas de um dia muito bem passado na paisagem alentejana. Foi uma tarde muito calma e aprazível, passada entre o convidativo baloiço junto da palafita e o jacuzzi aos pés da cama... jantar cedo, e dormida bem ao gosto que nos oferece o Alentejo...<br /><br />No dia seguinte iniciou-se o regresso até casa, vindo pelo caminho mais curto, e que nos traria por Melides, Comporta e Tróia, e daí até Setúbal... contudo, depois de uma óptima viagem até ao novíssimo Tróia Resort, descobrimos ao chegar que teríamos ferry boat para Setúbal, daí por cerca de 3 horas... o que não é agradável num sítio como Tróia onde infelizmente não há muito o que ver, nem um restaurante digno do nome, ou local onde pudéssemos aguardar com conforto... o que nos levou a voltar para trás muitos quilómetros, de regresso a Alcácer do Sal e daí pela A2... terminando assim uns excelentes dias de férias, pelas paisagens bucólicas e onde ainda há muito por descobrir...<br /><br />Aproveitem os feriados e de uma "escapadinha" pulem até ao Alentejo e conheçam-no melhor. Há muito o que ver e muito o que provar.Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-63221753395777277072010-05-18T14:52:00.000-07:002010-05-18T15:12:53.720-07:00O dia 2 - Vila Nova de Milfontes<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiABRUhkHgdQr0SRdopwqhQiTGXrx8H31ytCSZdWG6v270lyzHD4BmjeZWr1oO-vlYHzBGT2WYMGaPQEohFIOx_SpJKv9Ik02aMF06TwCsdElzphUglxFp7saZJcJRPmAcFKj9eJIm_qL4/s1600/DSCF4424.JPG"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiABRUhkHgdQr0SRdopwqhQiTGXrx8H31ytCSZdWG6v270lyzHD4BmjeZWr1oO-vlYHzBGT2WYMGaPQEohFIOx_SpJKv9Ik02aMF06TwCsdElzphUglxFp7saZJcJRPmAcFKj9eJIm_qL4/s320/DSCF4424.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472732535300018834" border="0" /></a><br />Depois de um lauto repasto (um belo e grande pequeno almoço) tomado no Reguenguinho com o som dos grilos em fundo, era hora de rumar até Vila Nova de Milfontes.<br />Ficava para trás o delicioso pão alentejano, a fruta, os doces caseiros, o leite, os queijos e por aí fora (só de me lembrar estou a salivar...) e saíamos da herdade em direcção a Vila Nova de Milfontes.<br />Se Porto Covo tem o charme de terras perdidas no tempo, Vila Nova de Milfontes... tentou avançar depressa demais e perdeu-se no turismo. Não se encontra um real traçado de ruas, o que pode haver de marcos históricos perdeu-se, sobrando apenas um ou dois imóveis de interesse, e claro, uma praia a perder de vista, sobranceira ao Rio Mira.<br /><br />Depois de alguma caminhada por Milfontes, de um café tomado ao lado de um "Centro Comercial" (ah, nostalgia de aldeias...) e de uma corridinha ao supermercado, eis-nos de <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Sp4q8SnvsOBvFioSRkImnU74i3YFRiXprS482k8ApydQQ6YjVyMzko8Ko8h9x50m-Pc2vvH4y9jlWNtHi26bsBE2w2zQzITw5MTf0lqgbgww6mM7o3aDvkhniGPdCC9De0ZyoHuTajM/s1600/DSCF4302.JPG"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 145px; height: 191px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Sp4q8SnvsOBvFioSRkImnU74i3YFRiXprS482k8ApydQQ6YjVyMzko8Ko8h9x50m-Pc2vvH4y9jlWNtHi26bsBE2w2zQzITw5MTf0lqgbgww6mM7o3aDvkhniGPdCC9De0ZyoHuTajM/s200/DSCF4302.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472734665765864082" border="0" /></a>volta ao centro mais antigo. Aqui, fo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ZYMP6ivua29VAFeiYLsewvYdaLxVEhb_UVfMh11vENINZsV6UhOrAsnCPZQQnVZiiPmGaDpcXahIhn_li8NWmD8aDvcybCsle3QeoONLaA40B3SJLRrzy-cOFP2htLbXSeJoDcXnSDw/s1600/DSCF4316.JPG"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ZYMP6ivua29VAFeiYLsewvYdaLxVEhb_UVfMh11vENINZsV6UhOrAsnCPZQQnVZiiPmGaDpcXahIhn_li8NWmD8aDvcybCsle3QeoONLaA40B3SJLRrzy-cOFP2htLbXSeJoDcXnSDw/s200/DSCF4316.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472734325348944994" border="0" /></a>mos ao encontro do restaurante "A Tasca do Celso" que nos tinha sido recomendado pelo pessoal no Reguenguinho.<br />O restaurante tem a fachada típica de uma casa de aldeia, mas o seu interior consegue ser ao mesmo tempo requintado e informal. Aqui foi onde comemos uma "massinha de robalo" recomendada, que estava realmente excelente. Não vou deixar aqui uma foto do tacho, para que os que quiserem ir descobrir o possam fazer sem problemas... claro que para mim a refeição terminou com uma Sericaia de lamber os beiços, juntamente com a ameixa de Elvas caramelizada... Depois do almoço, mais um pequeno passeio a pé até ao carro e daí, rumo ao Cercal e de regresso à Herdade, para um passeio de Segway até à Barragem de Campilhas. Para uma primeira vez em cima do dito aparelho, até nem correu mal e para experiência foi engraçado... especialmente o facto de ser todo o terreno e isso permitir o passeio tanto pelos caminhos da herdade como por estrada. Depois, rumo à piscina e de lá a umas excelentes omeletes para o jantar, seguido do tradicional repouso alentejano... e rumo ao terceiro dia deste relato...Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-80890589216928144122010-05-13T08:06:00.000-07:002010-05-13T08:20:59.346-07:00O dia 1 - Porto Covo"Roendo uma laranja na falésia... olhando mundo azul à minha frente... ouvindo um rouxinol na redondeza..." era assim que começava Rui Veloso a cantar sobre Porto Covo.<br /><br /><object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/chI2Sbzsmhc&hl=pt_PT&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/chI2Sbzsmhc&hl=pt_PT&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="385" width="480"></embed></object><br />Estando aqui a escassos quilómetros do Cercal, Porto Covo é um pulinho daqui, e foi precisamente por onde resolvemos começar os nossos passeios. Uma simples Vila Piscatória, mudada profundamente pelo turismo (felizmente não degradada), e onde se sente um ambiente no mínimo ... antigo. Infelizmente, por aqui a tolerância de ponto pela visita do papa também se fez marcada e como tal estava quase tudo fechado. Ficou a beleza da visita, e das vistas pelas praias desde Sines até Porto Covo. E claro, ficou um gatafunho, como não podia deixar de ser...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjllBusdz-_B5iVLDWZJvGyzgK3mAzO_4EgyAt35kg-z9fBMr9YWJTp9uBp3AJXmHo5KC2HTdDnfk64dQ99Wqnn4Rk_sX39AHymDiCh9K07-Bl8y5i1FL1SwuGY7SA7XBwaaBTMcfQIT9Y/s1600/DSCF4235.JPG"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjllBusdz-_B5iVLDWZJvGyzgK3mAzO_4EgyAt35kg-z9fBMr9YWJTp9uBp3AJXmHo5KC2HTdDnfk64dQ99Wqnn4Rk_sX39AHymDiCh9K07-Bl8y5i1FL1SwuGY7SA7XBwaaBTMcfQIT9Y/s320/DSCF4235.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5470774236157700834" border="0" /></a>Mas como passeio, é uma vilazinha que merece bem a pena ser visitada. As praias da Costa Vicentina são lindíssimas, e apesar de um céu por vezes plúmbeo, o sol vai espreitando e convida ao passeio de pés na areia, e a uma paragem pelas esplanadas...ainda que onde parámos se estivesse com uma grande concentração a ver a missa do Terreiro do Paço, e nós resolvêssemos estar a comentar o evento em rigoroso exclusivo, e as poucas pessoas no café, especialmente atrás do balcão estavam quase prontas para nos fulminar, caso o pudessem fazer... o que é sempre especialmente divertido.<br /><br />Claro que há muito para fazer, e ao longo destes dias foram já muitos os passeios, muitos gostos e muitos gatafunhos... mas desses ainda vou continuar a falar ao longo dos próximos dias...Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-60569570808511089302010-05-12T09:00:00.000-07:002010-05-12T09:17:38.169-07:00Por terras alentejanas...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLs5LgFmh91l0uaMh-ko83zxJKYAHBKFiAvWLgPaMcFQdqv1bLjc-E65_j2suSIrjq_oxc2KG3L-Ir6HHVsWXadroay6WzbihiFoalEyrMZWD6Ypr80mGW3sX4Amg3opiMdkk7lhWekSA/s1600/DSCF4236.JPG"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLs5LgFmh91l0uaMh-ko83zxJKYAHBKFiAvWLgPaMcFQdqv1bLjc-E65_j2suSIrjq_oxc2KG3L-Ir6HHVsWXadroay6WzbihiFoalEyrMZWD6Ypr80mGW3sX4Amg3opiMdkk7lhWekSA/s320/DSCF4236.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5470418323057971554" border="0" /></a><br />...há de tudo. Sol, praia, piscina, pequenos paraísos. Passeios de segway. E muitos gatafunhos para publicar.... por isso mesmo, é estarem com atenção que nos próximos dias eles já vão andar por aqui para vossa diversão... porque acreditem, que iam gostar de estar por aqui...Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-26121189526593537422010-04-09T15:46:00.000-07:002010-04-09T16:10:14.824-07:00Como mudámos tanto, em tão pouco tempo...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwQ2okAoG_C3DSBVKcchSWuEbfJ0S9TQGsJ0nFIfCnnWB6m3bxdd3aK4cSNU_ag3ggAvIcIof4_KdutOooI0yjAyZWxgSfXoNorfSDL_GnNSjebcKknaXl6CIwxNLzW32m_9v6tUoaujQ/s1600/blog1.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwQ2okAoG_C3DSBVKcchSWuEbfJ0S9TQGsJ0nFIfCnnWB6m3bxdd3aK4cSNU_ag3ggAvIcIof4_KdutOooI0yjAyZWxgSfXoNorfSDL_GnNSjebcKknaXl6CIwxNLzW32m_9v6tUoaujQ/s320/blog1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458278726959430034" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Já todos nós ouvimos falar em conflitos de gerações e de uma maneira ou de outra, como filhos primeiro, como pais ou irmãos mais velhos depois, já nos deparámos com choques entre as sucessivas gerações.<br /><br />Por um lado, as necessidades da geração mais nova de se afirmar. Por outro, as gerações mais velhas a quererem incutir (e por vezes impôr) valores morais, sociais, etc...<br /><br />Algo contudo se tem vindo a passar nos últimos anos e esta geração mais nova que agora chegou aos 20 anos, está de uma maneira ou de outra um bocadinho... desorientada. Senão, veja-se a sequência: nos anos 60 tivemos os hippies. Nos 70, o disco. Nos 80, o pop. Nos 90, a geração "rasca"... e a partir do ano 2000 a Geração Morangos com Açúcar. E é precisamente sobre esta nova geração que hoje vou escrever. Que são os mais novinhos e que agora chegam à idade em que precisam ainda de levar uns puxões de orelhas, e mesmo assim, não vão lá.<br /><br />Veja-se um exemplo. Na moda, em vez de quererem inovar... limitam-se a imitar (o vulgo, corriqueiro, estilo Cristiano Ronaldo para os rapazes). Na música, imperam os re-mixes de temas com os quais eu nasci, nos anos 70. Na escola, quem é o maior, é precisamente quem sabe menos. E por aí fora. E de repente, nesta geração, estão em idade de se casarem e constituirem família. E depois? Na Geração Moranga, os produtos como que caem já pré fabricados do céu fantástico do telemarketing, ou melhor ainda directamente de um hipermercado online. Ou ainda melhor e aí sim, <span style="font-style: italic;">a cereja no topo do bolo</span>, vem directamente das cadeias de fast food.<br /><br />Tenho um grande amigo, por quem nutro uma grande amizade que está precisamente nesta fase da vida, e a quem dedico inteiramente este post. Para ele, a comida, ainda que venha da terra (bendita educação de raíz que teve...) mas aparece milagrosamente cozinhada no prato. E é directamente pronta a comer. Não há trabalho prévio (para ele), a cozedura é controlada em poucos minutos (para ele) e <span style="font-style: italic;">voilá</span> tudo pronto a comer. E claro, qualquer tipo de trabalho extra em casa é coisa que alguém há-de fazer. Portanto, e apesar de uma saudável educação de base, está quieto quanto a tudo o resto. Cozinhar, nem pensar nisso! Lavar a loiça? Pior um pouco... Limpar a casa, alguém há-de limpar. E este grande amigo está a poucas semanas de se tornar pai, e veremos o que vai trazer em prol da educação do novo rebento que está a caminho.<br /><br />Mas infelizmente, ele não é único. Tenho a certeza que centenas de pessoas por esse mundo fora são exactamente iguais. Felizmente existirão excepções. Mas não é por isso que deixo de gostar menos deste amigo, e é dele a foto que ilustra este post, e que mostra precisamente dois <span style="font-style: italic;">specimen</span> femininos da respectiva <span style="font-style: italic;">Geração Moranga</span>, de garrafa de Vodka Preto na mão, e ainda nem eram 18 horas de uma bem passada terça feira. E são estes os que vão educar a próxima geração...<br /><br />(Desculpem-me os mais novos se soei a <span style="font-style: italic;">Velho do Restelo</span>...)<br /><br />(Agradeço ao Bruno do blog <a href="http://spotterblog21.blogspot.com/">http://spotterblog21.blogspot.com/</a> pela foto e pela inspiração para escrever o post sobre a geração mais nova...)<br /></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-13487874605155524732010-03-31T02:24:00.001-07:002010-03-31T02:35:46.636-07:00Ele há dias......em que se acorda assim. E que dá prazer acordar...<br /><br /><object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/BJCTrolF3CY&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=nl_NL&feature=player_embedded&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/BJCTrolF3CY&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&hl=nl_NL&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" height="385" width="640"></embed></object>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-49290076467678588362010-03-27T11:01:00.000-07:002010-03-27T11:10:28.852-07:00Estacionamento civilizado ?<div style="text-align: center;"><br />Eis aqui dois exemplos de um conhecimento fantástico do código da estrada.<br /><br /><br /></div><div style="text-align: center;">Este exemplo abaixo... Acho que ficamos a perguntar como é que pôs o carro ali? Porque os pinos estão ali para ninguém estacionar mas no entanto como são pinos de borracha o senhor conseguia passar por cima a brincar. Temos de admitir que é de macho transgredir regras lol.<br /><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEdSrKBhXn8zIQ6VpU4nfo9DycNVVh_QxcoCp6XAeEWjxlxdKdM30qLvyUOEg_1xUsoJQjPJQ_Fz0UyOPyTQmqDwno3hqCoCvfaeJteR9EdMTQo2cEo3uPQ5MtsMsZ8HJV01sXwdfcgvE/s1600/DSC00436.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEdSrKBhXn8zIQ6VpU4nfo9DycNVVh_QxcoCp6XAeEWjxlxdKdM30qLvyUOEg_1xUsoJQjPJQ_Fz0UyOPyTQmqDwno3hqCoCvfaeJteR9EdMTQo2cEo3uPQ5MtsMsZ8HJV01sXwdfcgvE/s320/DSC00436.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453375724273099970" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: center;">Este segundo exemplo foi em Campo de Ourique em que uma senhora lembrou-se de parar o carro assim no meio do nada. No entanto não se apercebeu que está no meio de um cruzamento. Até estava muito curioso para saber a desculpa:<br />"Olhe tá a ver, eu tenho de estacionar o carro e ponto final, não gosta azar seu ouviu?"<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgtGq73jPh36RHzgxwsus5AqxCHkD4teY5Zhjfy7zEESc6Le5KqvesDHLXYQwIBVRYOu4p_DEsxK_7GnyqtrTLTXO0PytoQzh54bU5Ixg8n7l3oyjpI3mNmLo4XW6lQXzYRTkIQtcGGEw/s1600/DSC00437.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgtGq73jPh36RHzgxwsus5AqxCHkD4teY5Zhjfy7zEESc6Le5KqvesDHLXYQwIBVRYOu4p_DEsxK_7GnyqtrTLTXO0PytoQzh54bU5Ixg8n7l3oyjpI3mNmLo4XW6lQXzYRTkIQtcGGEw/s320/DSC00437.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453376874283477202" border="0" /></a><br /><br /><br /></div>Ricardohttp://www.blogger.com/profile/15632665111306790065noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-36268062815860514392010-03-08T13:19:00.000-08:002010-03-08T13:47:43.604-08:00TGV's a baixa/média velocidade...<div style="text-align: justify;">Depois de uma ausência que me foi imposta por mim mesmo (consciente, portanto) eis que regresso com um tema que hoje andou na baila, à conta do PEC - Plano de Estabilidade e Crescimento apresentado pelo Governo. E hoje, espantem-se, não venho falar das coisas que estão mal, e dos erros que nos fazem rir, mas de coisas sobre as quais tenho algum conhecimento, e sobre as quais estou habilitado a falar. E hoje falo sobre o TGV e o caso português do dito cujo. Quando o Governo de Durão Barroso, com Ferreira Leite na pasta das Finanças assinaram o Convénio Ibérico para as Ligações de Alta Velocidade, estava-se longe de um consenso, principalmente pelo número de linhas / ligações entretanto propostas e que eram 5, configurando uma espécie de Pi deitado. Ferreira Leite foi na altura contra o despesismo que as 5 linhas provocavam, propondo como máximo 3, e configurando assim o que ficou conhecido como o T deitado.<br />Foi já com o PSD derrotado nas urnas, que o primeiro Governo de José Sócrates se lançou de novo ao projecto, mas desta vez ficando com uma espécie de L, com previsões de ligações lá para o futuro que talvez viessem a cumprir o T ou o Pi...<br />Ou seja, somatório de erros anos após anos... à direita, ao centro e à esquerda. Sucessivos lobbies para que o bendito comboio parasse nas mais variadas terreolas (perdoem-me pelo adjectivo os habitantes de Coimbra, Aveiro, Santarém, Entroncamento, Viseu, Covilhã, Guarda, Faro... etc etc ). Promessas governamentais e oposicionistas. Assinaturas, Convénios, Congressos,sei lá o que mais.<br />Ora, com o PEC hoje apresentado, ficou-se a saber que a linha da AV a ser construída entre Lisboa e Vigo, com paragem no Porto foi adiada por um período de 2 anos. (Será que MFL afinal tinha razão há 6 anos atrás quando falava do despesismo?)<br />Bom, passando aos factos: uma linha de AV entre Lisboa e Porto não faz qualquer sentido. E porquê? Porque Lisboa e Porto distam entre si apenas uns escassos 357 Km (Fonte: ACP). Ora, qualquer comboio de AV que se preste, é assim considerado por conseguir velocidades médias superiores a 300 Km/h em mais de 50% do percurso. Logo e apenas por uma simples razão de aritmética, AV entre Lisboa e Porto não funciona.<br />Lisboa e Madrid distam cerca de 600 Km, e aí uma linha de AV talvez se torne concorrencial com o avião e apoie na redução dos custos ambientais. E perguntem-se, pasmados, porque é que o autor destas linahs defende uma Linha de AV Lisboa-Madrid e não uma linha de AV Porto-Lisboa-Madrid ou mesmo um directo Porto-Madrid? Porque não faz falta. Nem os espanhóis têm assim tantos interesses comerciais na região norte, nem os empresários nortenhos têm assim tantos negócios em Madrid. Lisboa-Madrid é fundamental? Não. Pelas mesmas razões. Mas poderia ser benéfico? Sim, se considerarmos os ditos factores concorrenciais.<br />Ou seja, e ainda que seja uma medida extraordinária tomada pelo Governo, em função do PEC 2010-2013, foi benéfico. E foi, porque nos evita uma obra publica gigantesca, faraónica, e que em nada nos viria a beneficiar. (Já agora, Portugal é o país onde o desinvestimento ferroviário mais se nota desde o Estado Novo, quando se massificou a utilização do automóvel). E desta vez, ao contrário do que tem sido habitual nos últimos tempos... esta é uma medida do Governo de José Sócrates que eu aplaudo...<br /><br />A todos os que quiserem saber mais sobre o TGV, as ligações, etc, desde que eu saiba responder às questões, é só deixarem-nas nos comentários, ou enviarem mail, que tenho todo o gosto em ajudar a esclarecer tudo o que quiserem saber.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4w8YVgCjZacRA4DLSAIzybYeOBiDgxffZK6RdbiyISR1RleojYKu-jDs3xvzVnG0WshFS3jQ5SuM7PPoKhZ6f3huHYLSDuDTfLWgH5hq-YYlO3jOlYZldGUHzbROh4IqPJp4eZLyp_W4/s1600-h/ICE2_Hilpodrom.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4w8YVgCjZacRA4DLSAIzybYeOBiDgxffZK6RdbiyISR1RleojYKu-jDs3xvzVnG0WshFS3jQ5SuM7PPoKhZ6f3huHYLSDuDTfLWgH5hq-YYlO3jOlYZldGUHzbROh4IqPJp4eZLyp_W4/s320/ICE2_Hilpodrom.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446382662507041170" border="0" /></a><br /><br />(a foto é da Alemanha, onde a AV já é uma realidade desde 1994... num país com dimensões muito superiores ao nosso, e onde o comboio é estimado como meio de transporte, e foi retirada da Net, de forma a ilustrar o artigo)<br /><br /><br /></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-11905944064374581412010-02-26T12:05:00.000-08:002010-02-26T12:27:34.274-08:00Madeira, um caso de inspiração?Sei que o título pode ser estranho mas eu explico o porquê.<br /><br />Sem dúvida que a tragédia da Madeira foi inesperada mas ao mesmo tempo havia avisos da má organização no que toca a contrução de casas em sitios de risco. Mas pondo isso de parte, aquilo que me faz pensar e sentir bem, porque nunca se sabe o que pode acontecer após um desastre natural, é o facto de o povo madeirense se ter juntado imediatamente para arrumar o que a natureza desarrumou, após uma semana são bem visíveis os trabalho de limpeza na baixa, já existem lojas abertas, muitas das lojas já estão quase prontas, e pelas palavras de um madeirense na televisão:"Tudo está a voltar ao normal e é graças ao facto de todos se juntarem e ajudarem uns aos outros". Será que é este comportamente que nos define verdadeiramente como "seres civilizados"? Acho que não há maior acto de altruísmo humano que este exemplo. Infelizmente há sempre um outro indivíduo que aproveita para roubar algumas coisas mas felizmente foi apenas uma vez e não se voltou a registar mais casos.<br />Infelizmente as zonas mais afectadas vão precisar de muito trabalho, é preciso é ter força, continuar em frente e lembrar os que partiram.Ricardohttp://www.blogger.com/profile/15632665111306790065noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-87696036691455730452010-02-03T12:30:00.000-08:002010-02-04T15:31:55.015-08:00Porquê nem um centavo meu para o Haiti.De certeza que o que vou escrever vai ser um pouco duro, controverso e dito de um ser gélido e sem sentimentos, chamem-me racista ou o que quiserem, pois as verdades custam a ouvir...<br /><br />Antes demais aquilo que mais me deixou estupefacto foi esta declaração do presidente do Haiti:<br /><br /><strong><em><span style="font-family:arial;">"O palácio presidencial encontra-se em ruínas, e neste momento o que tenho é apenas wifi no computador portátil."</span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;"></span></em></strong><br /><span style="font-family:Arial;">...Acho que a frase fala por si.</span><br /><span style="font-family:Arial;"></span><br /><br />O que vejo para ter uma opinião tão crua? É verdade que é um enorme desastre, mas vejamos, o presidente está-se (desculpem o termo) pouco cagando para o país, após se refugiar no aeroporto não tem feito absolutamente nada pelo povo, é tão estranho saber que recentemente em Portugal sofremos um sismo quase da mesma magnitude e no entanto os estragos no Haiti deve-se à deficiência de manutenção das estruturas que é inexistente como em muito países em África <em>(que nem dou exemplos senão não saímos daqui</em>).<br /><br />O povo sobrevivente grande parte mete-me nojo, as imagens mostram cada um por si, é raro ver imagens em que as pessoas se ajudem mutuamente, é verdade que é um país pobre e ficou ainda pior mas não é razão para as pessoas deixarem de ser humanas e civilizadas, não vejo pessoas a organizarem-se e a racionarem comida e outros bens, lutam entre si como se fossem animais selvagens, milhares de corpos ocupam ruas e limitam-se a passar a andar e não fazem nada, olham e colocam as mãos nas ancas, os traficantes de droga tomam posse de zonas pois não há ninguém para impôr ordem. O mais incrível é ver imagens de gente a pilhar, e é mais triste ver todo o tipo de gente a pilhar, dos 8 aos 80 anos, e que se lixem os mortos. Começam a aparecer vendedores de medicamentos (pilhados de farmácias) a venderem tudo a preço de ouro e o pior é que as pessoas estão a comprar sem saberem os efeitos dos medicamentos. No meio disto tudo a parte boa e rica do Haiti que também foi atingida não ficou muito danificada não tem tido problemas de criminalidade e de ajuda de dentro do país. Que se lixem os pobres.<br /><br />Muitos Haitianos queixam-se de que a ajuda internacional está a demorar, a verdade é que a ajuda é tanta que o Haiti não tem infrastruturas suficientes para tanta ajuda e só consegue ser entregue a conta gotas sendo a única maneira de evitar grandes motins e oportunidade de gente sem escrúpulos.<br /><br />A única maneira de eu ajudar seria cuidar nem que fosse uma criança de muitas milhares que ficaram sozinhas. Seria capaz de a receber nos meus braços, dar-lhe afecto, carinho e educação. O mais incrível é que o sismo que destruíu muitos orfanatos fez acelerar processos de adopção que se arrastavam há anos.<br /><br />Podia falar muito mais, podia falar das escolas dizimadas que hoje escondem cadáveres de centenas e centenas de crianças, do rapto de crianças para tráfico de orgãos ou para prostituição ou trabalho infantil.<br /><br /><strong>Porque é que não vimos tanto comportamento animal na Ásia quando houve o tsunami?</strong><br /><br />Sei que é um posto confuso e com muita raiva, mas era necessário deitar cá para fora.<br /><br /><br /><a><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube-nocookie.com/v/-XiImeKNL3c&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube-nocookie.com/v/-XiImeKNL3c&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></a>Ricardohttp://www.blogger.com/profile/15632665111306790065noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1369807236520020063.post-43698180713008690432010-01-28T15:28:00.000-08:002010-01-28T15:50:55.091-08:00Nunca devemos esquecer...<div style="text-align: justify;">Passaram ontem 65 anos desde a libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia. A data poderia ter passado, como passou na maior parte dos casos pelo quase total esquecimento, salvo para os muitos milhares que felizmente persistem em preservar a memória.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ab4nfqksDu2WbpYFxe55YgssV8AQiuK9nz5ouctrGGQfUNKSNdCFzunbaJ0SNnQUIsWvdeszrHTE3qyQCP7xZDphzsfVEa3gQFSgrSQnpXwis33zhA2PrOYF1Gp6CrW0CRyAsBzW3DY/s1600-h/aus2.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 168px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ab4nfqksDu2WbpYFxe55YgssV8AQiuK9nz5ouctrGGQfUNKSNdCFzunbaJ0SNnQUIsWvdeszrHTE3qyQCP7xZDphzsfVEa3gQFSgrSQnpXwis33zhA2PrOYF1Gp6CrW0CRyAsBzW3DY/s200/aus2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431939576752980482" border="0" /></a><br />Naquele que se tornou o mais infâme e célebre dos "Campos de Trabalhos" Nazi, o campo de Auschwitz Birkenau, foram exterminados milhares de judeus, padres, deficientes, homossexuais, e to<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6AWVZ6qCNl3hkhFOMGElur0EvpcjFMC-D65ivqRu0GiFS5xMsjp_hmn-tYcjzR0_YltdrBvsOV-1JAWlDkXSl7cAgrT_mZwT9kk5ELOcKp2g-PgV1u_-CTj0YlYyTqaj88wHDK14CQI8/s1600-h/aus5.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 162px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6AWVZ6qCNl3hkhFOMGElur0EvpcjFMC-D65ivqRu0GiFS5xMsjp_hmn-tYcjzR0_YltdrBvsOV-1JAWlDkXSl7cAgrT_mZwT9kk5ELOcKp2g-PgV1u_-CTj0YlYyTqaj88wHDK14CQI8/s200/aus5.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431939969240147394" border="0" /></a>dos aqueles que eram contra o regime estabelecido por Hitler e os seus lunáticos seguidores. Contando com uma inscrição que se tornaria a mais irónica da história "Arbeit Macht Frei"(O trabalho liberta) sobre a sua porta principal, foi preciso esperar com muito sofrimento e agonia uma libertação que apesar de iminente desde o dia do desembarque dos Aliados na Normandia, se foi tornando penosa, cada vez mais à medida que as cabeças da águia iam sendo cortadas e os comandos nazis julgados e exterminados.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqk_I1WsbtxjuVxiVRaEUwKaAakksq3sSbMJ1QQ-TFHm67gjjBNE9vPNWegcg6f50GLZ6Z-CLUuEaSNe1wO5CNRtkYS-BC-D6ljrlKzQH3pY2gM5JDI3ejEvHgsaKXb-V7NMh3Jx-RsQw/s1600-h/aus3.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 123px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqk_I1WsbtxjuVxiVRaEUwKaAakksq3sSbMJ1QQ-TFHm67gjjBNE9vPNWegcg6f50GLZ6Z-CLUuEaSNe1wO5CNRtkYS-BC-D6ljrlKzQH3pY2gM5JDI3ejEvHgsaKXb-V7NMh3Jx-RsQw/s200/aus3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431940162165589426" border="0" /></a><br />Mas 65 anos são muito tempo... e talvez não tenham sido suficientes para relembrarmos sempre as atrocidades cometidas em nome do "apuramento da raça". Nos dias de hoje, o Reino Unido aboliu dos seus manuais de história o Holocausto por poder "ferir a susceptibilidade" dos muçulmanos lá residentes e integrados na sociedade britânica. Os dirigentes do Irão negam o Holocausto e continuam a afirmar que não passou de uma manobra de contra-propaganda. Há poucos dias, mais um padre católico afirmou que o Holocausto nunca teria acontecido.<br /><br />A verdade é que com o passar dos anos esquecemos. Afundamo-nos em doces melodias da economia, do conforto... e tudo o que foi mau eclipsamos da nossa memória. Mas se passámos por tudo isso, foi porque tinha de ser. E se atentarmos na História, repare-se como desde o Império Romano, a Europa sempre foi assolada por sucessivos Holocaustos... Césares, Carlos Magno, Napoleão, Hitler... todos com as suas loucuras, todos com as suas genialidades, todos com os seus ideiais... em que eram eles diferentes do que somos hoje?<br /><br />Por isso, e aos que nos lêem, peço que pensem, reflictam, e ajudem com a vossa maneira de ser a que nunca esqueçamos. Pensem sobretudo que nos cabe a nós mudar o dia de hoje para amanhã termos um dia melhor. Também o autor da mensagem que vos deixo a seguir morreu na sua busca pela Paz e por um mundo melhor... Imaginem um mundo sem guerras, sem fome. Um mundo em que todos possamos realmente ser irmãos e sobretudo, ser melhores.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/2xB4dbdNSXY&hl=pt_PT&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/2xB4dbdNSXY&hl=pt_PT&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />(Obrigado aos que também a mim ajudaram a relembrar o dia de ontem, e a passar a mensagem para o amanhã...)<br /></div>Ricardo Costahttp://www.blogger.com/profile/10417133804383437439noreply@blogger.com8